Investigação

Reviravolta: mãe de Beatriz denuncia agente público de Pernambuco

''Eu não entendo porque o caso é sigiloso. Não esta favorecendo em nada'', afirmou Lucinha Mota

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 16/10/2019 às 14:58
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FOTO: Reprodução/ Facebook

O caso da morte da menina Beatriz Mota teve um reviravolta, nesta quarta-feira (16). De acordo com a família da vítima, agentes públicos estão atrapalhando as investigações do caso, que aconteceu dentro de um colégio, em 2015, no município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

''Meses atrás nós recebemos uma denúncia de que um dos suspeitos do caso ter participado do plano de segurança do colégio. A partir disso nós começamos uma investigação. Nós conseguimos provas que ele realmente participou desse plano. Vários funcionários estão sendo investigados na participação da morte de Beatriz. Para mim, isso é um ato de imoralidade muito grande'', contou Lucinha Mota, mãe de Beatriz.

Provas

Segundo a mãe de Beatriz, existem provas de que um agende público esteve no colégio para elaborar o plano de segurança. Sem citar data, ela conta que foi feito depois do crime ter ocorrido. Além disso, de acordo com a Lucinha Mota, existe a suspeita de que outros agentes públicos também estão atrapalhando o caso.

''Fotos que comprovam que ele esteve dentro do colégio, realizando o trabalho privado para o colégio. Eu quero respostas. Quero saber se outras pessoas participaram. Acho uma imoralidade, muito grande, um perito participar do Caso Beatriz e participar desse plano de segurança, que foi feito depois do crime'', afirmou.

O caso

A menina Beatriz Mota foi morta aos sete anos de idade com 42 facadas, no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada no colégio particular em que estudava. Ela estava na festa de formatura da irmã mais velha e haviam várias pessoas no colégio. A criança se afastou dos pais para beber água e teve o corpo encontrado cerca de 30 minutos depois.

''Eu acho que não houve avanço (na investigação). A primeira delegada estava em uma linha de investigação. Em seguida, entra outro delegado e aparece várias linhas de investigações. Isso atrapalhou. Eu não entendo porque o caso é sigiloso. Não esta favorecendo em nada'', comentou Lucinha Mota.

Resposta da SDS

Em nota, a Corregedoria Geral da SDS informou que recebeu a denúncia e vai instaurar uma investigação preliminar. serão ouvidas as partes e as testemunhas e serão analisados os documentos. A SDS disse ainda que se houver elementos suficientes, poderá ser instaurado um procedimento administrativo disciplinar conta o perito.

Nota do colégio

O colégio Nossa Senhora Auxiliadora Petrolina ressalta que teve conhecimento de informações, sobre denúncia apresentada por Lúcia Mota à Ouvidoria da Polícia Civil, através da imprensa. Até o momento a Instituição não teve acesso, oficialmente, ao teor da manifestação, portanto, não pode, neste momento, emitir qualquer declaração sobre o assunto. A unidade de ensino reforça que está acompanhando atentamente os desdobramentos da denúncia e no momento oportuno manifestará sua defesa, caso se faça necessário.

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