
Medicamento ainda não apresentou estudos recentes como justificativa para adoção do remédio
O uso da cloroquina foi liberado para combater o novo coronavírus pelo Ministério da Saúde - Foto: Reprodução/Agência Brasil
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, falou nessa quarta-feira (21), em coletiva de imprensa, que o uso da cloroquina, utilizada pelos pacientes infectados pelo novo coronavírus, mesmo em casos leves, só vai ser disponibilizado para quem tiver receituário médico. O medicamento, que foi liberado para combater o novo coronavírus, ainda não apresentou estudos recentes como justificativa para adoção do remédio, de acordo com o Ministério da Saúde.
Entidades médicas se manifestaram sobre o assunto, baseadas em estudos científicos internacionais. A Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Sociedade Brasileira de Pneumologia publicaram um documento com diretrizes para o uso de medicamentos em pacientes com a covid-19.
Segundo o pneumologista Frederico Ramos, as entidades sugerem que os médicos não utilizem a cloroquina no tratamento da doença.
Em Pernambuco, o secretário estadual de Saúde, André Longo, se posicionou sobre o assunto. "Muito me preocupa a utilização dessa medicação de forma indiscriminada, sem que aja uma avaliação mínima do ponto de vista cardiológico, pois sabe-se que em alguns casos, em especial em alguns pacientes que têm alteração no eletrocardiograma poderá haver um maior risco de morte súbita", afirmou o secretário.
O Conselho Regional de Medicina e o Ministério Público foram acionados para apurar uma denúncia sobre o uso inadequado do medicamento.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou os números de coronavírus em Pernambuco. Até esta quinta-feira (21), 23.911 pessoas foram infectadas pela covid-19, sendo 11.413 graves e 12.498 leves. Além disso, o Estado totaliza 1.925 mortes.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
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