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Caso Miguel: Delegado ainda não tem laudos da perícia e prazo para concluir inquérito é de 30 dias

 De acordo com os peritos, várias imagens estão sendo analisadas e estudadas. 

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 11/06/2020 às 18:43
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FOTO: Cortesia

Até esta quinta-feira (11), três perícias foram feitas no condomínio de luxo Píer Maurício de Nassau, conhecido como Torre Gêmeas, onde o menino Miguel Otávio Santana da Silva morreu após cair do 9º andar. De acordo com os peritos que investigam o caso, ainda não há um prazo para os laudos sejam entregues ao delegado, pois várias imagens estão sendo analisadas e estudadas.

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A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito. Como o acidente ocorreu no dia 02 de junho, o prazo para a conclusão das investigações se encerram em 02 de julho. No entanto, o período pode ser prorrogado dependendo do andamento das investigações e a pedido do delegado Ramon Teixeira, que está responsável pelo caso.

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Depoimento de ex-síndico

O ex-síndico do prédio onde Miguel morreu, Carlos Nobre, afirmou em depoimento à polícia que o local em que o menino teve acesso antes da queda está de acordo com as normas exigidas pela lei.

‘’A casa de máquina, o acesso (ao local) e as esquadrias são todas de acordo com as normas. Não existe (na lei) obrigatoriedade da tela (de proteção). A legislação exige de 1,1 metro a 1,20. Lá (no prédio onde Miguel morreu) está com 1,24 ou 1,25. A alvenaria está com 1,15’’, afirmou.

Zelador falou com mãe de Miguel

O depoimento do zelador do prédio durou quase uma hora. Apesar do funcionário não gravar entrevista, ele contou que estava próximo à portaria do prédio, quando ouviu um barulho de queda. Foi ele também quem avisou à mãe do menino que alguém havia caído de uma das janelas.

O caso

Miguel era filho de Mirtes Renata Santana de Souza, empregada doméstica de um dos apartamentos do Condomínio Píer Maurício de Nassau, também conhecido como Torres Gêmeas, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

A patroa dela, Sarí Côrte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), foi presa em flagrante, indiciada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), e liberada após pagamento de fiança de R$ 20 mil. O fato aconteceu quando Sarí mandou Mirtes passear o cachorro da família e se responsabilizou por olhar o garoto.

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