Entrevista

Dois meses após assassinato brutal, mãe de Maria Alice teme que ex-marido seja solto

Para tentar chamar atenção das autoridades, família aderiu a uma campanha nas redes sociais

Site Da TV Jornal
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Publicado em 26/08/2015 às 17:00

-Reprodução/TV Jornal
Pouco mais de dois meses do assassinato da estudante Maria Alice Seabra, 19 anos, pelo padrasto Gildo Xavier, 34, familiares não aceitam a suposta motivação do crime. A mãe e a irmã falaram com exclusividade ao programa Bronca Pesada, com Cardinot, que temem que o caso caia no esquecimento, com a morosidade da justiça. Para tentar chamar atenção das autoridades e da sociedade, elas aderiram a uma campanha iniciada por amigos da estudante nas redes sociais, que criaram uma página com o nome Justiça por Alice Seabra.

De acordo com a irmã de Maria Alice, Maria Angélica Seabra, o advogado de Gildo estaria esperando o caso “esfriar” para poder pedir a liberdade do cliente. Com isso, eles criaram a página para cobra mais agilidade na realização do julgamento do padrasto. “Se cair no esquecimento, ele pode ir às ruas. Quem fez uma vez, pode fazer duas ou três”, desabafa.

Bastante abalada, Maria José de Arruda, mãe de Maria Alice, pede que “esse monstro seja solto, que ele cumpra em regime fechado e só saia quando pagar tudo à justiça”. Em entrevista, as duas disseram que nunca desconfiaram que ele pudesse fazer o que fez, muito menos que havia um desejo reprimido na vítima. Nunca houve indícios e nem comentários de terceiros. “Ele tirou a vida de uma pessoa que brincava com ele, que acreditava no sentimento que ele sentia por ela”, conclui mãe de Maria Alice.

A estudante foi assassinada no último dia 19 de junho e teve o corpo jogado em canavial no município de Itapissuma. O padrasto da vítima foi quem apontou para a polícia o local do crime. Segundo as investigações, Gildo Xavier teria sequestrado, torturado, estuprado, assassinado e decepado o braço de Maria Alice.



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