A resposta final para a morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, de 52 anos, em 28 de agosto de 2012, está mais perto de ser encontrada. A teoria de que ele cometeu suicídio foi novamente descartada, após cerca de cinco meses de trabalhos de cinco peritos da Polícia Científica de Pernambuco. A nova revisão da perícia concluiu que o empresário foi vítima de homicídio com um tiro na boca dentro do apartamento onde morava, no edifício 14 Bis, na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
O documento foi entregue na última semana ao Ministério Público e se junta aos nove volumes do inquérito – um total de 1.575 páginas. Dois promotores de Justiça estão com o caso e decidirão como a denúncia será encaminhada à Justiça. Além de dois policiais militares reformados, indiciados pela Polícia Civil, há possibilidade de que os possíveis mandantes do crime também sejam denunciados.
Investigação
Na época do crime, uma perícia do Instituto de Criminalística apontou que o empresário cometeu suicídio. A polícia, no entanto, não acredito na tese e, por cinco anos, a delegada Vilaneida Aguiar seguiu investigando. A investigadora acredita que Falcão foi morto pelo PM reformado Jailson Melo – que prestava serviço de segurança à vítima na época. Além disso, a polícia revelou que Falcão possuía um revólver em casa, que poderia ter sito usado no caso de um suicídio.
Para a polícia, o PM foi até o apartamento de Falcão e seguiu com ele para o quarto. Lá, o policial teria sacado a arma e atirado na boca de Sérgio. A mala, onde estariam mais de R$ 100 mil, foi encontrada vazia. O dono da arma, o militar reformado Jadilson Melo – irmão do suspeito – também foi indiciado por homicídio. Para a delegada, os dois teriam sido pagos para praticar o crime. Apesar da conclusão das investigações, os policiais militares seguem em liberdade.
No relatório enviado ao Ministério Público, em agosto deste ano, a delegada ainda afirma que dois homens são suspeitos de ser mandantes: um parente de Sérgio Falcão e um empresário alagoano. Eles, porém, ainda não foram indiciados por falta de provas materiais.