O Brasil está entre os países com maior número de transplantes realizados no mundo. Desde os anos 2000, foram realizados uma média de 20 mil intervenções por ano, num total de 335 mil transplantes feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com dados do Ministério da Saúde. Nessa conta estão incluídos tanto os órgãos doados de pacientes que tiveram morte encefálica quanto por pessoas que fizeram doação em vida.

De acordo com coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemi Gomes, órgãos como rins, fígado, medula óssea e até um dos pulmões podem ser transplantados ainda em vida. À parte a medula óssea, todos os outros órgãos passam pelos mesmos procedimentos de validação e registro no cadastro de doadores e só podem ser transplantados em parentes de até quarto grau ou com autorização judicial.

O fígado, por exemplo, tem uma capacidade alta de regeneração. Portanto, se houver compatibilidade, uma pessoa pode doar partes do fígado para mais de um receptor, e ter retirado até metade do órgão para transplante. O que não pode ser feito com os rins, que devido a estrutura de alta complexidade, não se permite a doação de fragmentos do tecido, mas é possível viver perfeitamente com apenas um deles.

No caso dos pulmões, o órgão também não tem capacidade de regeneração, mas é possível retirar uma parte, normalmente o lobo inferior do órgão, e manter uma vida normal. Já medula óssea do doador se recompõe em 15 dias.

Como ser um doador

Qualquer pessoa pode doar seus órgãos, desde que não tenha passado por doenças que possam ter contaminado ou que prejudiquem o funcionamento do órgão. O doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa e realizar a coleta de uma amostra de sangue para testes laboratoriais específicos.

Em Pernambuco, a Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), fica na Praça Oswaldo Cruz, S/N, Boa Vista, na Área Central do Recife. Para entrar em contato é só ligar para o telefone: (81) 3412-0232