Fiscalização

Polícia Rodoviária Federal desativa sete postos em Pernambuco

TV Jornal
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Publicado em 12/03/2018 às 16:15

-Reprodução/TV Jornal

A falta de efetivo na Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez com que sete posto de fiscalização fossem fechados. De acordo com o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, dos 23 postos que funcionam em Pernambuco, apenas 12 estão ativos 24 horas por dia.

Os posto de Moreno, Carpina, Petrolina, Quipapá, Ribeirão, Caruaru e Salgueiro foram fechados, enquanto outros quatro estão funcionando sem horário determinado. "Por exemplo, aqui na Região Metropolitana do Recife, se tiver três acidentes com veículos ao mesmo tempo, um ou dois vão ter que ficar na fila esperando. No Grande Recife, tem uma ou duas equipes apenas e quando essa equipe está atendendo um acidente, ela deixa de fiscalizar", explica o presidente do sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, Thiago Arruda.

Em alguns postos, os policiais estão trabalhando no esquema de plantão, com quatro policiais por turno, para fiscalizar e atuar em acidentes. De acordo com informações passadas pelo sindicato, em média 50 policiais rodoviários trabalham por dia para dar conta dos 2.300 km de rodovias do Estado.

Para cumprir com a demanda, o Ministro da Segurança, Raul Jungmann, anunciou um concurso para a contratação de 500 policiais rodoviários. No entanto, para o presidente do sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, esse número não irá surtir efeito. "As 500 vagas para o cargo de Policial Rodoviário para o Brasil não dá nem 20 policiais para cada estado, então é um número que é indiferente para a situação crônica de efetivo que temos hoje", fala Arruda.

Insegurança

Os motoristas que estão circulando, já sentem o efeito da falta de fiscalização, principalmente à noite. Com alguns postos da PRF fechados, o medo se tornou um companheiro de viagem dos condutores. "A gente passa e não vê ninguém. Se a gente precisar de um auxilio, um socorro, não tem como como correr para lugar nenhum", conta o mecânico Amauri Alves

Os caminhoneiros que precisam passar por Pernambuco também já sentem a falta de fiscalização. Para quem trabalha viajando, a opção é tentar não trafegar durante a noite, para evitar os assaltos. "Quem é que vai se sentir seguro numa estrada sem fiscalização, sem policia, sem nada? Tem que fazer força para trabalhar só de dia, que trabalhar à noite é entregar a carga para o bandido", considera o caminhoneiro José Zeferino.

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