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Transplantes de rim cresce 50% em Pernambuco

TV Jornal
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Publicado em 28/03/2018 às 15:55

-Foto: EBC

Entre janeiro e fevereiro de 2018, Pernambuco conseguiu efetivar 247 transplantes de órgãos e tecidos, um a mais do que o mesmo período de 2017. O destaque fica por conta do aumento de 50% nos procedimentos de rim: em 2017 foram 46 e em 2018, 69. Esse é o órgão com a maior fila de espera, contando, atualmente, com 768 pacientes.

Além dos procedimentos de rim e coração, neste ano também foram feitos 16 transplantes de fígado, 122 de córnea e 34 de medula óssea. No caso de coração, houve uma diminuição de 40% nos procedimentos. Em 2017, até fevereiro, foram realizados 10 transplantes do órgão. Já neste ano, foram 6.

“Finalizamos 2017 com aumento expressivo no número de transplantes de coração, o que deixou o Estado na segunda colocação do Brasil e na primeira do Norte e Nordeste. Temos equipes de excelência para esse tipo de procedimento e capacidade para ampliar essas cirurgias, mas, para isso, precisamos das famílias responsáveis por autorizar a doação. Para que a família se sinta confortável e segura em exercer o direito da doação, é imprescindível que os profissionais de saúde das unidades hospitalares conheçam cada vez mais como funciona o processo de doação e transplante e acolham esse público”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.

Como doar?

Atualmente, 966 pessoas estão em fila de espera por um órgão ou tecido em Pernambuco. O maior quantitativo aguarda por um rim (768), seguido de fígado (93), córnea (62), medula óssea (25), coração (16) e rim/pâncreas (2). No Brasil, a autorização para doar órgão ou tecido é dada por um parente de até segundo grau do doador.

“O trabalho de conscientização da população e de mobilização dos profissionais de saúde para doações e transplantes de órgãos e tecidos é constante e diário. Estamos focando nas capacitações dos profissionais de saúde para otimizar tanto o trabalho de acolhimento das famílias quanto nas ações de manutenção do potencial doador e de todas as etapas para concretizar o transplante”, reforça Noemy Gomes. Nos dois primeiros meses do ano, 43 entrevistas com familiares foram realizadas. Dessas, 22 autorizaram a doação e 21 recusaram, ou seja, 48,8% dos casos foram impossibilitados da doação.

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