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Cemit diz estar desenvolvendo software para evitar ataques de tubarão

TV Jornal
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Publicado em 17/04/2018 às 15:55

-Reprodução/TV Jornal

A espécie do tubarão que atacou um banhista no último domingo (15), na Praia de Piedade. ainda não foi identificada pelo Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit). De acordo com o comitê, as marcas das mordidas deixadas pelo animal podem indicar que mais de um tubarão tenha atacado o potiguar Pablo Diego Inácio de Melo.

A análise dos ferimentos já está sendo realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) e por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O estudo vai ser feito a partir das lesões que ficaram no corpo do rapaz, foram recolhidos materiais do tecido das pernas e dos braços.

O Ministério Público de Pernambuco investiga a relação entre a implantação do Complexo Portuário de Suape em Ipojuca e o aumento de casos de ataques no litoral do Estado. No local onde o ataque aconteceu existem placas de sinalização indicando que a área é de risco. Estudos comprovam que um canal de oito metros de profundidade que passa pelo trecho facilita a chegada das espécies a faixa de areia.

Sinuelo

O Estado de Pernambuco disponibilizava há quatro anos uma embarcação, conhecida como Sinuelo, para monitorava e levar para o alto mar, os tubarões que se aproximam da faixa costeira com o objetivo de evitar os ataques aos banhistas. Segundo o coronel Leodilson Bastos, presidente do Cemit, a pesquisa chegou ao fim em dezembro 2014 e depois dela, nenhuma outra foi feita. Durante o projeto 450 animais foram afastados da faixa de areia.

A Secretária de Defesa Social não tem nenhuma previsão para um novo convênio para prevenção desse tipo de incidentes, mas de acordo com Leodilson Bastos, existe um projeto de usar chips para detectar e afastar os animais. "É uma pesquisa para desenvolvimento de um software de inteligência artificial que vai detectar banhistas em situação de risco nas praia do estado.", contou.

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