Pernambuco passa por uma epidemia de esporotricose. A doença pode ser mortal para gatos e transmissível para cachorros e humanos. A esporotricose é um tipo grave de fungo que ataca sobretudo felinos. A contaminação ocorre pelo contato das garras do animal com material orgânico em decomposição contaminado, como solo, cascas de árvores e vegetais. Em pessoas, a infecção tem cura, mas pode provocar lesões gravíssimas na pele.

"Ela é provocada pelo fungo 'sporothrix', que habita normalmente os ambientes de jardim, palhas, madeiras, folhas. Dessa forma, quando os animais vão ao jardim, com algum tipo de lesão na pele, são contaminados", explica o veterinário Ricardo Cavalcanti. Segundo o especialista, apenas em Olinda, no Grande Recife, ele já atendeu mais de 100 gatos com esporotricose.

Para humanos, a enfermidade é transmitida por arranhões e contato direto com a pele lesionada. "A principal forma de evitar a contaminação, principalmente em rua, são os controles que a saúde pública tem a obrigação de fazer para os indivíduos que vivem na rua, abandonados, que são os principais foco da doença. Esporotricose é a doença que mais contamina animais no mundo", garante Cavalcanti.

Como diagnosticar

Nos animais infectados, a doença começa a se manifestar através de feridas no focinho e membros. Os ferimentos são profundos, geralmente com pus, não cicatrizam e costumam progredir para o resto do corpo. Nas pessoas, a manifestação pode ser detectada pelo surgimentos de pequenos caroços avermelhados, quase sempre formam uma fileira de pequenos nódulos ou feridas.