Na última audiência de instrução e julgamento dos irmãos e policiais militares Jailson e Jadilson Gomes de Melo, acusados de envolvimento com a morte do empresário Sérgio Falcão, defesa apresenta prova indicando que Jailson não acionou gatilho. A sessão foi realizada na 2ª Vara do Júri, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, no Recife, na quarta-feira (22).
"O que restou provado é que quem acionou a arma, o gatilho da pistola, foi o Sergio Falcão e não Jailson. Nós temos uma prova do laboratório de genética da Universidade de Pernambuco que atesta que não foi encontrado nenhum material genético que confirme que o Jailson acionou o gatilho da arma para produzir o resultado morte.", disse George Freire , advogado de defesa.
Na sessão, prestam depoimento quatro testemunhas, dois de defesa e duas de acusação, entre elas dois peritos do Instituto de Criminalística que trabalharam no caso. Uma nova audiência foi marcada para o mês de novembro. "Nós temos agora designado o interrogatório dos acusados para o dia 7 de novembro, às 9h da manhã, quando essa fase será concluída e aí sim teremos as alegações finas e a sentença", contou o assistente de acusação, Ernesto Cavalcante.
Relembre o caso
Em 28 de agosto de 2012, o empresário Sérgio Falcão, 52 anos, foi encontrado morto com um tiro na boca, dentro do próprio apartamento, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
Os irmãos, que são policiais reformados, foram acusados por homicídio qualificado. De acordo com a investigação, Jailson foi o responsável por efetuar o disparo e Jadilson é o dono da arma e cúmplice do crime. O inquérito ainda aponta que existem dois suspeitos de encomendar a morte de Sérgio Falcão: um parente e um empresário alagoano, que não foram indiciados por falta de provas.
A perícia técnica chegou a indicar que o empresário havia se suicidado, no entanto, o PM Jailson foi filmado por câmeras de segurança do prédio saindo com uma arma na mão.
A motivação do crime teria sido financeira, relacionada à crise na Falcão Construtora, presidida pela vítima.