O advogado Alexandre Oliveira, que representa Jussara e Danilo, suspeitos de matar o médico Denirson Paes, de 54 anos, afirmou que um colega da mulher teria ajudado a colocar metralhas na cacimba onde o corpo foi encontrado. De acordo com o advogado, Jussara teria ligado para um colega de profissão e pedido que ele fosse até a casa dela, quebrasse a casinha do cachorro e jogasse a metralha na cacimba.
Ainda conforme o advogado, o homem afirma que viu Danilo no local. Apesar disso, Jussara garante que o filho mais velho do casal não teve nenhuma participação no crime. O colega da mulher deve ser ouvido pela Polícia Civil.
Novo depoimento: viúva de médico confessa crime e inocenta filho
Dois meses depois de o corpo do médico Denirson Paes, de 54 anos, ser encontrado esquartejado no condomínio onde morava, em Aldeia, no Grande Recife, a esposa dele confessou o crime. Segundo o advogado de defesa, Alexandre de Oliveira, a farmacêutica Jussara Paes, de 54 anos, fez a confissão em depoimento.
Ela disse, na noite dessa segunda-feira (3), à delegada Carmem Lúcia, responsável pelo caso, que agiu sozinha e sem a ajuda do filho, o engenheiro civil Danilo Paes, de 23 anos.
De acordo com o advogado, após ser confrontada sobre o que dizia e o que estava no inquérito, concluído no último dia 29, Jussara fez a confissão. “Na sexta-feira à tarde eu fui a Colônia Penal Feminina, onde ela está presa, e disse que as informações dela não batiam com o que estava no relatório final sobre o caso. Pedi que ela falasse a verdade e logo depois ela confessou que praticou todo o crime sozinha”, disse.
Relembre o caso
O corpo do médico cardiologista e advogado foi encontrado no dia 4 de julho, em um poço na casa pertencente à família, em Aldeia, Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. O cadáver estava em avançado estado de decomposição. De acordo com informações da Polícia Civil, a esposa da vítima e o filho mais velho são os principais suspeitos do crime. Eles estão presos desde o dia que o corpo foi encontrado.
Segundo as investigações, Denirson Paes desapareceu no dia 31 de maio. A esposa disse que a última informação do marido era que ele tinha feito uma viagem internacional e não teria retornado, mas a Polícia apontou que a vítima teria cancelado a viagem, anteriormente marcada para o dia 2 de junho.
No dia 29 de agosto, foi concluído o inquérito policial. Esposa e filho foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, sem chance de defesa e meio cruel, e por ocultação de cadáver. De acordo com o inquérito da investigação da delegada Carmem Lúcia, o cardiologista foi assassinado no dia 31 de maio, dentro de casa, após a mulher descobrir uma relação extraconjugal.