Saúde

O que fazer para não sofrer com a asma no São João

A fogueira e os fogos de artifício não podem faltar na época do São João, mas as pessoas com asma sofrem com a fumaça

Giovanna Torreão
Giovanna Torreão
Publicado em 21/06/2019 às 18:44
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O telespectador Lucas, morador de Beberibe, na Zona Norte do Recife, enviou uma pergunta para o quadro Por Dentro com Cardinot, desta sexta-feira (21). Ele contou que em problemas de asma e quer saber o que pode fazer para não sofrer tanto nessa época de São João, quando são soltados muitos fogos de artifício e fogueiras são acesas. Para tirar a dúvida de Lucas, o Por Dentro conversou com o pneumologista Ricardo Bandeira.

Confira:

Asma

Agência Brasil

Atualmente há cerca de 235 milhões de pessoas com asma no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença, também conhecida como "bronquite asmática" ou como "bronquite alérgica", está presente em todos os países do mundo, independentemente do nível de desenvolvimento. No entanto, mais de 80% das mortes relacionadas a ela acontecem em países em desenvolvimento.

Para a OMS, a asma é uma questão de saúde pública e deve receber especial atenção entre as populações pobres e desfavorecidas. A taxa de mortalidade da asma é relativamente baixa, se comparada a outras doenças crônicas, mas, apenas no ano de 2015, mais de 383 mil pessoas morreram da doença, a maioria com idade avançada.

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Doença crônica

A asma, que é mais frequente em crianças, é uma doença crônica que se caracteriza por ataques recorrentes de dificuldade respiratória, caracterizada por respiração rápida e curta, e chiados, que variam em gravidade e frequência de uma pessoa a outra. Os sintomas podem aparecer várias vezes por dia ou por semana e, em algumas pessoas, se agravam durante atividade física ou de noite.

Durante um ataque de asma, o revestimento dos brônquios se inflama, provocamento um estreitamento das vias respiratórias e uma diminuição do fluxo de ar que entra e sai dos pulmões. A doença pode ser controlada com medicação, evitando que se agrave. O tratamento adequado permite que os afetados pela doença tenham uma boa qualidade de vida.

Alergias a poeira, ácaro, mofo e pelos de animais podem desencadear a doença. Outros fatores que podem contribuir são as infecções, como gripes, resfriados, sinusites e viroses. Além disso, mudanças no clima, fumaça, poluição, frio, medicamentos e aspectos emocionais também podem engatilhar uma crise.

Os sintomas mais frequentes são tosse prolongada, geralmente noturna, e chiado no peito, com dificuldade respiratória, assim como a falta de ar. Como consequência, os asmáticos podem ter insônia, cansaço diurno, diminuição das atividades e até abandono da escola e do trabalho.

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