As fortes chuvas que atingiram o Grande Recife entre os dias 23 e 24 de julho castigaram muitas comunidades. A TV Jornal voltou em Caetés, em Abreu e Lima, onde cinco pessoas morreram em um deslizamento, e no Canal do Fragoso, em Olinda, onde muitos moradores ficaram desalojados, para ver como está a situação uma semana após as chuvas.
Caetés
Uma semana depois da tragédia que vitimou cinco pessoas em Caetés I, em Abreu e Lima, ainda há bastante lama e entulhos no local. Caminhões e retroescavadeiras trabalham diariamente na área, onde uma igreja evangélica desmoronou. No meio dos escombros, ainda é possível ver dois carros e uma motocicleta.
O pedreiro José Luiz conta que estava com a esposa na hora que ouviu um estrondo muito alto e tudo a barreira deslizou. De acordo com o secretário executivo de obras em Abreu e Lima, Diego Feijó, o trabalho não para, embora as chuvas consecutivas façam com que o local se torne instável, causando riscos aos funcionários que estão trabalhando e aos moradores.
O coordenador da Defesa Civil em Abreu e Lima, Júnior Lopes, alega que ainda há muitas famílias desalojadas e faz um pedido para que os moradores ao primeiro sinal de desabamento saiam imediatamente de local.
Canal do Fragoso
Entulhos, lama, água acumulada e muito mato. A situação do Canal do Fragoso, em Olinda, após uma semana de chuvas é desesperador. Os moradores ainda sofrem com a perda de móveis, alimentos, eletrodomésticos e a dificuldade de acesso para chegar em médicos e comércios.
Alguns imóveis estão inabitáveis por conta da perda total. De acordo com o presidente da Companhia Estadual de Habitação e Obras (CEHAB), Bruno Lisboa, a agilidade da obra no Canal tende a diminuir por conta das chuvas, a obra está prevista para ser concluída em 2022.