Feminicídio

Crimes de feminicídio marcam os primeiros meses de 2020

Confira alguns casos que chocaram a população do Estado

com informações de Dyandhra Monteiro
com informações de Dyandhra Monteiro
Publicado em 11/02/2020 às 16:08
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

De acordo com a Secretaria de Defesa Social ( SDS), no ano de 2019 foram registrados 57 casos de feminicídio, e os números em 2020 continuam crescendo, logo um novo registro atualizado irá ser divulgado. Os casos são contabilizados pelo Instituto Maria da Penha. No sistema é possível acompanhar de perto o número de mulheres vítimas de algum tipo de violência no país. Os dados são atualizados diariamente pelo órgão.

Heloisa

Ao lado do corpo de Leia foram encontradas uma mochila e uma camisa masculina
Ao lado do corpo de Leia foram encontradas uma mochila e uma camisa masculina
Reprodução/ TV Jornal

A jovem Heloisa Martins Silva de Andrade, de 18 anos, foi morta com mais de 50 facadas. O corpo dela foi encontrado em um terreno baldio, no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. A polícia acredita que a vítima tenha sido golpeada com uma faca de cozinha. Os cortes estavam por todo corpo.

>>>Jovem é morta com mais de 50 facadas em Jaboatão<<<

Thayslane

Taislane Beatriz, de 20 anos, foi morta queimada em Itaquitinga
Taislane Beatriz, de 20 anos, foi morta queimada em Itaquitinga
Cortesia

Ainda no mês de janeiro a TV Jornal acompanhou de perto a dor da família de Thayslane Beatriz Teixeira da Silva, de 22 anos. A autônoma teve 70% do corpo queimado depois que o ex-companheiro teria jogado gasolina e ateado fogo na jovem, dentro da própria casa onde viveu com a vítima, no município de Itaquitinga. Ela chegou a ser socorrida, passou dias internada, mas não resistiu.

>>>Mulher morre com 70% do corpo queimado no HR e marido é suspeito do crime<<<

Jennifer

O caso está sendo investigado pelo DHPP
O caso está sendo investigado pelo DHPP
Reprodução/TV Jornal

No início desta semana Leandra Jennifer da Silva, também de 22 anos, foi morta a tiros no bairro da Madalena, no Recife. O principal suspeito é o marido da fotógrafa, com quem ela tinha um filho de apenas 1 ano.

>>>Mulher é assassinada a tiros na Madalena e companheiro é principal suspeito<<<

A cofundadora do instituto Maria da Penha, Regina Celia, revela ainda que várias medidas têm sido tomadas para ajudar essas mulheres, mas ainda falta apoio por parte da justiça e do estado. "No ciclo da violência existe a fase de tensão, depois a fase da agressão e depois a fase da lua de mel, ela acredita que ele vai mudar mas ele não muda", conclui ele.

Denuncie

A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço atualmente oferecido pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos (MDH). É uma política pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher em âmbito nacional e internacional. Por meio de ligação gratuita e confidencial, esse canal de denúncia funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, no Brasil e em outros 16 (dezesseis) países: Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco e Boston), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela. Além de registrar denúncias de violações contra mulheres, encaminhá-las aos órgãos competentes e realizar seu monitoramento, o Ligue 180 também dissemina informações sobre direitos da mulher, amparo legal e a rede de atendimento e acolhimento.

#UmaPorUma

A violência contra a mulher é constante e frequentemente acaba em tragédia. Existe uma história para contar por trás de cada feminicídio, em Pernambuco. O especial Uma por uma contou todas. Em 2018, o projeto mapeou onde as mataram, as motivações do crime, acompanharam a investigação e cobraram a punição dos culpados. Um banco de dados virtual, com os perfis de vítimas e agressores, além dos trágicos relatos que extrapolam a fotografia da cena do crime. Confira o especial Uma por Uma, sobre feminicídio.

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