A Polícia Civil de Pernambuco prendeu um pastor e professor, 36 anos, acusado de cometer Estelionato Sexual. A prisão ocorreu na última quinta-feira (7).
O Mandado foi expedido pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Jaboatão dos Guararapes.
O homem estava sendo investigado desde setembro de 2021, mas de acordo com a polícia, ele cometia os crimes há pelo menos 10 anos.
Nove vítimas registraram Boletim de Ocorrência contra o suspeito e aponta-se que os crimes foram praticados contra crianças e adolescentes do sexo feminino.
De acordo com a delegada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Vilaneide Aguiar, uma das vítimas teria sido abusada aos 9 anos.
"Há relatos de uma criança que foi aluna dele dos 9 anos aos 11 anos, pela legislação, só a partir de 12 anos é considerada adolescente", explicou a agente de segurança.
A maioria dos depoimentos são de crimes praticados em um local, onde funcionava um “cursinho” de português de matemática, e também com adolescentes que frequentavam a igreja, o qual ele era pastor, na UR-6 no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife.
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Ludibriava as vítimas
A delegada relata que o suspeito é uma pessoa ardilosa, sabia enganar e envolver as vítimas.
As meninas se deixavam levar pela confiança e reverencia que tinha pela imagem de pastor.
"Muitas não percebiam a intenção libidinosa de satisfação sexual, satisfação da sua lascívia", contou.
O acusado não chegou a tocar em algumas vítimas, ele se satisfazia olhando.
O pastor criava situação para que vítimas tirassem a roupa para fazer testes, gincanas, experimentos, etc. Por isso ele foi acusado do crime de estelionato sexual.
Porém, há relatos de vítimas que afirmam que ele cometeu estupro de vulnerável e de que teria tomado algumas bebida e ficado desacordada.
Estelionato sexual
Segundo o artigo 215 do Código Penal, estelionato sexual, ou violação sexual mediante fraude, é o crime de "ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima".
A pena varia de dois a seis anos de prisão.