CASO BEATRIZ

CASO BEATRIZ: "Ele falou que confessou na base da pressão", diz advogado de suspeito de matar menina

O suspeito, que tem 40 anos, continua recolhido, no Presídio de Igarassu. Ele já vinha pagando pena por outros crimes, como roubo e estupro.

Catêrine Costa
Catêrine Costa
Publicado em 19/01/2022 às 15:06 | Atualizado em 19/01/2022 às 15:06
Notícia
Reprodução/ Facebook
A menina Beatriz Angélica Mota foi assassinada com 42 facadas em dezembro de 2015 - FOTO: Reprodução/ Facebook

O suspeito de matar a menina Beatriz Angélica Mota dentro de um colégio em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, escreveu uma carta e afirmou que foi pressionado a confessar o crime. O anúncio foi feito pelo novo advogado dele, nesta terça-feira (19).

“Eu sou inocente. Eu não matei a criança. Eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte. Preciso de ajuda. Estou com medo de morrer. Quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança”, diz um trecho da carta.

Carta teria sido escrita por conta própria

O advogado Rafael Nunes, que passou a assumir a defesa do suspeito diz que o cliente dele redigiu a carta por conta própria e que, durante horas de conversa, ele teria dito várias vezes que não assassinou a menina.

"Ele falou que confessou na base da pressão. Falou que estava desacompanhado de um advogado e, se estava, o advogado não foi identificado. Isso aqui veio da cabecinha dele, não tive qualquer tipo de intervenção", contou.

Resultado da perícia  

O advogado também contesta o resultado da perícia, que afirma ter encontrado o DNA do suspeito na faca que foi utilizada para matar a menina. 

"O que chama a minha atenção é: só porque agora saiu esse confrontamento genético? Até onde foi preservado esse DNA? É curioso as vésperas de uma federalização", comentou.

O suspeito 

O suspeito, que tem 40 anos, continua recolhido, no Presídio de Igarassu. Ele já vinha pagando pena por outros crimes, como roubo e estupro.

Agora, por conta da repercussão do caso Beatriz, ele precisou ser levado para uma ala de isolamento. O advogado disse que ainda não teve acesso ao Inquérito que aponta o homem como autor da morte da menina, mas que vai analisar o processo nos próximos dias.

"O delegado foi bastante solícito e profissional, me ligou e já colocou a disposição o inquérito que é muito volumoso", contou. 

+VÍDEOS