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Pedrosa pedirá anulação do julgamento do caso Lucas Lyra

TV Jornal
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Publicado em 28/11/2018 às 13:06

-Bobby Fabisak/JC Imagem

Três meses depois do julgamento de José Carlos Feitosa Barreto, condenado a oito anos de prisão pelo disparo que atingiu o alvirrubro Lucas Lyra, a empresa de ônibus Pedrosa apresentou um laudo pericial alegando que o segurança não foi o responsável pela bala que acertou o torcedor do Náutico na nuca.

De acordo com o advogado João Vieira Neto, a empresa enviará um protocolo para oficializar um pedido de anulação do julgamento, nesta quinta-feira (29).

Reprodução Simulada

A Pedrosa solicitou a reprodução simulada do vídeo do confronto entre torcidas do dia 16 de fevereiro de 2013 para fazer uma perícia, o que não havia acontecido até o julgamento. Nas imagens, o advogado argumenta que é possível observar que José Carlos não foi o autor do disparo.

"A identificação foi feita em razão das vestimentas, e foi possível identificar as pessoas que estavam lá naquele momento. Facilmente identificamos que José Carlos não é aquela pessoa do disparo que atingiu Lucas Lyra. Nós solicitamos perante o poder judiciário a reprodução simulada, que de fato não foi apreciada pelo poder judiciário e por conta disso ficamos prejudicados. Em razão da dúvida que foi levantada pelo Ministério Público, quanto à autoria imediata daquele caso, após a condenação, solicitamos a perícia, que não teria sido feita pela autoridade policial, não teria sido feita a perícia na pessoa do Lucas Lyra, em razão das circunstâncias de atendimento hospitalar. O próximo passo é apresentar esse laudo junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco para que reveja a decisão", esclareceu o advogado.

Após o julgamento, a Pedrosa contratou o perito criminal Adamastor Nunes para analisar o vídeo. O profissional disse que, a princípio, a qualidade das imagens cedidas pela Secretaria de Defesa Social (SDS) estava comprometida, e a partir de um clareamento do vídeo, foi possível analisar o confronto entre as torcidas de Sport e Náutico. "Lucas estava posicionado de frente para José Carlos. Então, a bala não poderia ter atingido a nuca dele. Até porque, se Lucas tentasse fazer qualquer movimento, a velocidade do projétil é tão rápida, que seria impossível. Quem disparou estava em uma posição compatível com a linha da nuca", afirmou.

Confira:

História

Lucas tinha ido assistir a um jogo do time do coração, quando, segundo as investigações, o segurança de uma empresa de ônibus, José Carlos Feitosa Barreto, que estava à paisana, sacou uma arma e disparou contra a cabeça dele que. A partir daí, o jovem por várias cirurgias para tentar se recuperar.

As sequelas do atentado ficaram no corpo de Lucas: todo o lado esquerdo está paralisado, a audição está comprometida e ele tem dificuldade para enxergar. Para realizar atividades básicas, como beber água, ele precisa de ajuda. Mesmo tomando 17 remédios diariamente, Lucas reclama que ainda sente muitas dores.

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