Olinda

Mães de bebês com microcefalia denunciam não distribuição de leite

Responsável pela distribuição do leite especial, a Prefeitura de Olinda parou de comprar o alimento há 6 meses

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FOTO: Reprodução/TV Jornal

Mães de crianças com microcefalia denunciam que a Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, não está comprando e distribuindo o leite necessário para a alimentação dos bebês há cerca de 6 meses.

Segundo as mães, cada criança consome, em média, 10 latas do alimento por mês. Nas farmácias, uma lata não sai por menos de R$50,00, um custo que nem todas podem pagar. Por isso, a prefeitura é responsável pela compra e distribuição do leite Fortini.

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Confira a reportagem

Luta pela vida

As crianças têm entre três e quatro anos. Todas elas têm microcefalia, ou seja, não falam e não andam. Segundo a prefeitura, houve um problema no processo de licitação. Das 27 crianças, 10 precisam do alimento para sobreviver.

Cada uma dessas mães recebe pouco mais de R$ 998 por mês. É tudo o que elas têm para cuidar do filho com microcefalia . Aline, por exemplo, é mãe de Tales, de três anos. O menino precisa fazer terapia ocupacional pelo menos uma vez por semana. O tratamento, que é de graça, é feito na Caxangá. Só que para chegar até lá é preciso pagar passagens de ônibus. Mais um serviço que a prefeitura não tem oferecido.

Reunião com as mães

Há alguns dias, o prefeito de Olinda, Professor Lupércio, chamou todas as mães para uma reunião. Ele se comprometeu a resolver os problemas e deu até um prazo para a distribuição voltar ao normal. Mas as mães só ficarão tranquilas quando voltarem a receber o alimento.

Nota

Em nota, a Prefeitura de Olinda reforçou que está analisando a melhor solução para o transporte das crianças. Sobre o leite, a prefeitura disse que vai fazer uma compra emergencial até esta sexta-feira (13).

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