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Protesto: rodoviários fazem assembleia após fechar garagem da Caxangá

O resultado da votação da assembleia foi enviado para a Urbana-PE.

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Durante uma assembleia, na manhã desta quarta-feira (4), cerca de 400 funcionários da Empresa Caxangá votaram pelo fim da dupla jornada dos motoristas, que faz com que eles cumpram função de motorista e cobrador. Segundo a categoria, 12 linhas da corporação estão circulando sem cobrador desde o fim do mês passado, fato que gerou um protesto dos rodoviários, hoje cedo.

A categoria se reuniu em frente à garagem da empresa, no bairro de Peixinhos, em Olinda, no Grande Recife. Antes das 6h, motoristas , cobradores e fiscais estavam todos parados. No pátio, os ônibus que operam 54 linhas da Caxangá e que deveriam ter saído às 4h, continuavam estacionados.

>> Caxangá: rodoviários protestam contra retirada de cobradores de ônibus

O resultado da votação da assembleia, pelo fim da dupla função dos motoristas, foi divulgado nas redes sociais do Sindicato dos Rodoviários e enviado para a Urbana-PE. A previsão é que o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado se manifeste, até o dia 17 de março.

Motoristas contam que foram suspensos pela empresa, por não concordarem em trabalhar sem o cobrador. Por volta das 8h30, o portão da garagem foi aberto e os primeiros ônibus começaram a sair.

Transtorno no terminal

Devido à paralisação, os passageiros, que estavam desde às 5h esperando o ônibus, no Terminal Integrado de Xambá, passaram sufoco. Nenhum ônibus chegou ao T.I e nenhum ônibus saiu da garagem da Caxangá, empresa que opera 18 linhas no terminal e que beneficia cerca de 44 mil passageiros, diariamente.

Só às 8h30 que o primeiro ônibus da empresa Caxangá chegou ao Terminal Integrado. Teve princípio de tumulto, mas os passageiros, que esperaram mais de 3 horas para seguir aos seus destinos, conseguiram embarcar.

Nota

Por meio de nota, a Urbana-PE informou que não houve demissões de cobradores e que tem ocorrido um esforço das empresas para capacitar os profissionais para serem aproveitados em outras funções. A Urbana também afirma que a mudança na Caxangá aconteceu conforme consentimento do Sindicato dos Rodoviários, durante convenção coletiva da categoria e dos operadores.

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