Caso Miguel

Caso Miguel: Uma semana da morte do garoto que caiu de prédio no Recife

A família pede agilidade na conclusão do caso que ainda segue em investigação

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 09/06/2020 às 11:35
Reprodução/ Redes Sociais
FOTO: Reprodução/ Redes Sociais

Nesta terça-feira (9), completa uma semana da tragédia que resultou na morte do pequeno Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, após cair do 9º andar do condomínio de luxo Píer Maurício de Nassau, conhecido como Torre Gêmeas, localizado no bairro de São José, na área central do Recife, no último dia 02 de junho. A patroa da mãe do menino, Sarí Corte Real, que foi autuada em flagrante por homicídio culposo - quando não há intenção de matar - por deixar a criança sozinha no elevador momentos antes do acidente, ainda não foi ouvida pela polícia.

A missa de sétimo dia online, realizada nessa segunda-feira (08) para homenagear a memória do menino Miguel, foi um pedido da tia do garoto que aproveitou o momento para agradecer o apoio que a família vem recebendo nessa primeira semana após o acidente. A cerimônia foi presidida pelo Frei Dennys Pimentel da paróquia Nossa Senhora de Fátima do Ibura e transmitida ao vivo pelas redes sociais. O religioso iniciou a celebração pedindo orações para o menino Miguel e para a mãe e familiares dele.

A mãe de Miguel acompanhou a celebração na própria residência, no bairro do Barro. Emocionada, ela preferiu ficar reservada com os parentes e não quis grava entrevista.

>>"Estou precisando parar, respirar. Estou cansada" diz mãe de Miguel, menino que caiu de prédio no Recife

Agilidade

A família pede agilidade na conclusão do caso que ainda segue em investigação. Na tarde de ontem uma equipe do instituto de criminalística voltou pela terceira vez ao prédio de luxo e fez uma nova análise no trecho que Miguel percorreu dentro do elevador de serviço até o momento do acidente no nono andar do edifício.

Petição

Segundo o advogado de Sarí, Pedro Avelino, uma petição foi elaborada e ainda esta semana a mulher deverá prestar um novo depoimento já que no dia do acidente ela ficou em silêncio.

Sarí cadastrada no auxílio emergencial

O nome de Sarí também está sendo investigado por constar no pedido do auxílio emergencial de R$ 600 reais. O benefício é destinado pelo Governo Federal aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados que tiveram a renda afetada pela crise do coronavírus. A informação foi divulgada pelo Portal Notícia Preta e confirmada pelo Jornal do Commercio.

No sistema da Dataprev, órgão que analisa os pedidos do auxílio , a solicitação em nome de Sarí foi feita no dia 14 de maio e até hoje consta que o pedido encontra -se em processamento.

Questionado sobre este caso o advogado de Sarí, afirmou que não ia comentar sobre o assunto já que o trabalho dele está restrito apenas à defesa do caso envolvendo a morte de Miguel.

>>Mãe e avó de Miguel constavam como funcionárias da prefeitura, afirma vice-prefeito de Tamandaré

Relembre o caso

Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, era filho de Mirtes Renata Santana de Souza, que trabalhava como empregada doméstica de um dos apartamentos do Condomínio Píer Maurício de Nassau, também conhecido como Torres Gêmeas, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

A patroa de Mirtes, Sarí Côrte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), foi autuada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) pela morte do garoto, e liberada após pagamento de fiança de R$ 20 mil.

O fato aconteceu na tarde da última terça-feira (2), quando Sarí mandou Mirtes passear o cachorro da família e se responsabilizou por olhar o garoto.

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