Caso Miguel

Caso Miguel: Polícia vai se pronunciar sobre conclusão do inquérito nesta quarta

Nessa quinta-feira (2), completa-se um mês da morte de Miguel

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 01/07/2020 às 13:15
Wellington Lima - JC Imagem
FOTO: Wellington Lima - JC Imagem

A Polícia Civil irá se pronunciar na tarde desta quarta-feira (1), sobre a conclusão das investigações da morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que caiu de uma altura de 35 metros do Condomínio Píer Maurício de Nassau, na Área Central do Recife, no dia 02 de junho. Nesta quinta-feira (2), completa-se um mês da tragédia que resultou na morte do menino.

A empresária e ex-patroa da mãe de Miguel, Sarí Corte Real, foi autuada porque, segundo a polícia, ela deixou o menino sozinho no elevador no 5º andar do edifício enquanto a mãe dele passeava com o cachorro na rua. A perícia do Instituto de Criminalística (IC), entregue à polícia na sexta-feira (26), confirmou que a empresária apertou o botão do elevador onde estava o menino.

>>Caso Miguel: "Ela diz que não fez nada com o meu filho", diz Mirtes ao conversar com Sarí na Delegacia

>>Caso Miguel: Após prestar depoimento, Sarí deixa delegacia no Recife

>>Caso Miguel: Delegacia abriu no horário mais cedo para proteger Sarí, afirma advogado

Sarí e marido estão sendo investigados

Sarí foi autuada por homicídio culposo - quando não há intenção de matar - no dia da tragédia. Ela é a primeira dama da cidade de Tamandaré. O marido ela, Sérgio Hacker, prefeito do município no Litoral Sul, também está sendo investigado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco por desviar dinheiro da cidade para pagar o salário de Mirtes Renata e da avó de Miguel. Os nomes das duas constam na lista de funcionários da prefeitura.

'Nenhum arrependimento', diz Mirtes sobre Sarí

Em entrevista exclusiva à TV Jornal, na manhã desta terça-feira (30), Mirtes Renata, mãe de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, conversou sobre o que ouviu de Sarí Corte Real, patroa da empregada doméstica, após o depoimento da suspeita na Delegacia de Santo Amaro, na área central do Recife. De acordo com Mirtes, em nenhum momento, Sarí demostrou arrependimento.

"Comecei a conversar com ela, pedi para ela olhar para a foto de Miguel. Em seguida, ela olhou. Mas sabe aquele olhar de tanto fez, tanto faz? Eles primeiro deixaram eu falar tudo o que tinha para falar e depois ela falou. Com um tom irônico, debochado, sem nenhum pingo de arrependimento em nada que fez", revelou.

Desigualdade

O depoimento de Sarí Corte Real, que responde em liberdade por homicídio culposo da morte de Miguel Otávio Santana da Silva, foi cercado por polêmica por causa da atitude do delegado Ramon Teixeira em abrir a delegacia de Santo Amaro, na área central do Recife, antes do início do expediente - que começa às 08h - para ouvir a versão de Sarí sobre a morte do menino de cinco anos. O prazo para conclusão do inquérito se encerra nesta quarta-feira, dia 01 de julho.

‘’Se a delegacia começa às 08h, por que ela chegou às 6h da manhã e já tinha gente esperando ela aqui para entrar na delegacia? É uma das coisas que a gente está chateado. Até neste momento (de investigação) está havendo desigualdade com a gente’’, questionou Fabiana Souza, irmã de Mirtes.

Caso Miguel

Miguel era filho de Mirtes Renata Santana de Souza, empregada doméstica de um dos apartamentos do Condomínio Píer Maurício de Nassau, também conhecido como Torres Gêmeas, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

A patroa dela, Sarí Côrte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), foi presa em flagrante, indiciada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), e liberada após pagamento de fiança de R$ 20 mil.

O fato aconteceu na tarde da terça-feira, dia 2 de junho, quando Sarí mandou Mirtes passear o cachorro da família e se responsabilizou por olhar o garoto.

+VÍDEOS