Caso Miguel

Caso Miguel: Noite de lembranças e muita emoção durante missa de 30 dias

Nessa quinta (2), fez um mês da morte do menino Miguel

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 03/07/2020 às 11:26
Brenda Alcântara/ JC Imagem
FOTO: Brenda Alcântara/ JC Imagem

Uma noite de lembranças e muita emoção. Familiares e amigos de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, participaram nessa quinta-feira (2), da missa de 30 dias na Igreja Católica localizada no bairro do Barro, Zona Oeste do Recife, pela morte do pequeno. Miguel morreu ao cair de uma altura de 35 metros do Condomínio Píer Maurício de Nassau, na Área Central do Recife, no dia 02 de junho, depois de ser deixado sozinho no elevador pela ex-patroa da mãe dele.

Durante a cerimônia, o rosto do garoto estava mais uma vez estampado nas camisas dos parentes. Mirtes Renata, a mãe do garoto, chegou acompanhada da mãe e logo na entrada recebeu o carinho dos amigos. Ela vestia a mesma camisa do grupo de corredores. Para ela, ainda é impossível descrever a dor de não ter mais Miguel ao seu lado.

>>Caso Miguel: depoimento da manicure foi fundamental para mudar tipificação do crime

>>Caso Miguel: Sarí é indiciada por abandono de incapaz, seguido de morte

>>Caso Miguel: Se condenada, Sarí Corte Real pode pegar 4 a 12 anos de prisão

Por conta da pandemia, muitos amigos da família de Miguel não puderam acompanhar a cerimônia presencialmente, Mirtes precisou selecionar um grupo de 50 pessoas por conta das regras do distanciamento. Na ocasião, os escolhidos tiveram que apresentar uma senha. A missa foi presidida pelo padre Marcelo Júnior Klain.

Homenagem

Ao longo da missa, os amigos de Mirtes leram uma carta em homenagem ao pequeno e mostraram a camisa do grupo de corrida que ele costuma usar.

Abraço

Apesar da orientação de distanciamento, ao final da cerimônia, o abraço do Padre em Mirtes foi inevitável. Um gesto de carinho, escaço nos dias atuais, que a deixou emocionada.

Aliviada

A tia de Miguel, France Souza, falou que está mais aliviada com a conclusão do inquérito policial que indiciou a ex-patroa, Sarí Corte Real, por abandono de incapaz com resultado morte.

Sarí indiciada

A primeira dama de Tamandaré, Sarí Corte Real, foi indiciada por abandono de incapaz com resultado morte. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que vai decidir se oferece ou não a denúncia à justiça. Sarí responde pelo crime em liberdade.

Caso Miguel

Miguel era filho de Mirtes Renata Santana de Souza, empregada doméstica de um dos apartamentos do Condomínio Píer Maurício de Nassau, também conhecido como Torres Gêmeas, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

A patroa dela, Sarí Côrte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), foi presa em flagrante, indiciada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), e liberada após pagamento de fiança de R$ 20 mil.

O fato aconteceu na tarde da terça-feira, dia 2 de junho, quando Sarí mandou Mirtes passear o cachorro da família e se responsabilizou por olhar o garoto.

+VÍDEOS