
Categoria alega estar parada há 5 meses, e cobra resposta da Prefeitura do Recife
Barraqueiros protestam na orla de Boa Viagem, nesta sexta-feira (14) - Foto: Wellington Lima / JC IMAGEM
Os barraqueiros que atuam na orla da praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, se reuniram nesta sexta-feira (14) para cobrar a prefeitura a volta ao trabalho. Eles querem voltar a trabalhar na faixa de areia da praia. O ato ocorre no local.
A categoria alega estar parada, há 5 meses. Além disso, eles afirmam que entregaram, no mês de junho, um projeto à prefeitura da cidade, sugerindo a volta às atividades.
No entanto, até hoje, não receberam respostas. De acordo com os barraqueiros, quase mil pessoas estão passando necessidades financeiras.
A categoria emitiu, ainda nessa quinta-feira (13), uma nota de repúdio. Confira abaixo, na íntegra:
Os barraqueiros da orla de boa viagem, parados há 5 meses, sendo uma categoria que agrega vários benefícios à comunidade, vem a público repudiar as atitudes um tanto estranhas de descaso e deboche do prefeito Geraldo Júlio quanto ao retorno de nossa categoria às atividade.
Desde junho, entregamos um projeto de retorno às atividades, com o protocolos de distanciamentos e higiene, aos órgãos DIRCON E
SECRETARIA DE TURISMO da cidade do Recife, dos quais, até o momento, não tivemos retorno. Repudiamos também a propaganda enganosa a qual o prefeito diz que vem entregando cestas básicas aos barraqueiros. Na verdade, tais cestas só foram entregues em duas oportunidades. Estamos passando por necessidades financeiras, muitos passando fome e com problemas psicológicos e familiares decorrentes dessa difícil situação, sem ter onde morar e vivendo de favores.
Também queremos repudiar o tratamento desigual e desumano que estamos recebendo da prefeitura e do estado que ao mesmo tempo em que não dá aos barraqueiros nenhuma previsão de retorno ao trabalho tem dado todo apoio e ajuda financeira aos quiosques, restaurantes e bares, os quais estão liberados até com música ao vivo, indo de encontro às regras de distanciamento e aglomeração.
As decisões tomadas "à portas fechadas" não condiz com o pensamento da sociedade Recifense.
NÃO ACEITAMOS ESMOLAS, QUEREMOS EXERCER COM DIGNIDADE A NOSSA ATIVIDADE.
Já Tomé Ferreira, com mais de 50 anos de experiência como barraqueiro de coco, afirmou nunca passou por uma situação tão difícil, como a que enfrenta por causa do coronavírus.
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