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Nota de R$ 200: veja dicas de segurança para evitar falsificações

A nota será lançada hoje, às 13h30. A cerimônia será transmitida pelo canal do Banco Central, no YouTube

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A cédula de duzentos reais, com a imagem do Lobo-Guará, começa a circular nesta terça-feira (2). Segundo o Banco Central, vão ser produzidos, este ano, 450 milhões de notas do valor.

No entanto, é preciso ficar atento às falsificações. A cerimônia de lançamento das novas cédulas será às 13h30 de hoje e será transmitida pelo canal do Banco Central no YouTube.

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Dicas de segurança

Confira abaixo algumas dicas de segurança:

  1. CONHEÇA BEM A NOTA VERDADEIRA: Geralmente, pessoas que lidam diariamente com dinheiro, como os caixas de banco e comerciantes, sabem facilmente identificar uma nota falsa - essa experiência em manusear diariamente o dinheiro verdadeiro faz com que eles se tornem especialistas em identificar notas falsas.
  2. COMERCIANTE: NÃO TENHA PRESSA NO ATENDIMENTO: Geralmente, essas notas são passadas em locais de grande concentração de pessoas, feiras, lojas, supermercados, comércio ambulante e, muitas vezes, a pressa do comerciante para atender um maior número de clientes faz com que ele não tome o devido cuidado em verificar a nota que está recebendo.
  3. VERIFIQUE SE AS NUMERAÇÕES DAS NOTAS NÃO SÃO IGUAIS: Ao receber duas notas de igual valor, verifique se as numerações não são iguais, os falsários não costumam fazer notas falsas com numeração diferente, porque isso acarreta em custos com impressão, por ter que mudar a matriz da impressão.
  4. OBSERVE A TEXTURA DA NOTA: Outra cautela que pode ser tomada é reparar na textura do papel das notas que estão sendo recebidas, as notas falsas tendem a ser lisas, enquanto as notas verdadeiras são ásperas e possuem um alto relevo e saliência nos itens de segurança, que pode ser percebido pelo tato. Sinta com os dedos o papel e a impressão.
  5. OBSERVE A IMPRESSÃO DA NOTA: Nas cédulas legítimas, as tonalidades de cores são firmes e vibrantes – já as notas falsas têm cores com pouca nitidez e costuma haver borramento das cores.
  6. VERIFIQUE A MARCA D'ÁGUA, COLOCANDO A NOTA CONTRA A LUZ:
  7. NO CASO DE DÚVIDA, COMPARE A NOTA SUSPEITA COM UMA NOTA VERDADEIRA.
  8. BAIXE O APP GRÁTIS “DINHEIRO BRASILEIRO” NO SEU SMARTPHONE: O aplicativo que foi desenvolvido pelo Banco Central não analisa a autenticidade da cédula, apenas ajuda a identificar e conhecer os itens de segurança tais como: faixa holográfica, elementos fluorescentes, quebra cabeça. marca d’água, alto relevo, fio de segurança, número escondido, microimpressões O aplicativo chamado "Dinheiro Brasileiro" será aprimorado para a inclusão da nota de R$ 200 reais.

CRIME A falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa-fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção.

COMO PROCEDER NO CASO DE RECEBER UMA CÉDULA SUSPEITA: Dentro de uma agência bancária e durante o expediente - encaminhar-se ao gerente da agência (expediente normal) ou na primeira oportunidade (fora do expediente normal) para pedir providências de pronta substituição. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão pode procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência.

Numa transação do dia a dia: - Se você desconfiar da autenticidade de uma nota após observar os elementos de segurança ou comparar com outra cédula legítima, você pode recusá-la. É importante sempre procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência e recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central.

Lobo-guará

O lobo-guará foi escolhido em pesquisa realizada pelo BC em 2001 para eleger quais espécies da fauna brasileira deveriam ser estampadas nas cédulas do país.

O lobo-guará está entre as 1.173 espécies da fauna ameaçadas de extinção. A estimativa é que no Brasil vivam cerca de 24 mil lobos-guará, com maior concentração no Cerrado. Eles podem ser encontrados ainda, em menor número, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Pampa.

A espécie sofre com a degradação do meio ambiente, avanço desordenado de atividades humanas sobre o Cerrado e centros urbanos, o que leva à perda de habitats. Também é afetada pelo aumento da caça, por atropelamentos e disseminação de doenças a partir do contato com cães domésticos.

“O lobo-guará é talvez a espécie mais icônica do bioma Cerrado. É um animal sempre associado à imagem dos vastos campos e savanas permeados pelas belíssimas veredas que compõem as paisagens especiais do Brasil central. É muito importante associarmos nosso patrimônio natural a símbolos de valor, mas isso precisa vir associado à consciência de que para sobreviverem necessitam que seu habitat natural esteja preservado”, destaca Reuber Brandão, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor associado da Universidade de Brasília.

O lobo-guará figura na lista de espécies ameaçadas do Portal da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, na categoria de vulnerável, e depende da preservação de seus ambientes naturais para continuar existindo.

Segundo a RECN, estima-se que cerca da metade da área original do Cerrado já tenha sido destruída. Incêndios florestais, obras de infraestrutura para energia hidrelétrica e demanda por carvão vegetal para a indústria siderúrgica também ameaçam o bioma.

“Precisamos entender que existe diferença entre valor e grandeza. Apesar da escolha da espécie para ilustrar as novas cédulas de real ser positiva, o valor destes organismos e da natureza brasileira é imensamente superior ao valor nominal do dinheiro. Nesse caso, a grandeza se traduz por meio de medidas efetivas pela proteção do patrimônio natural imenso, insubstituível e único. É atribuir valor à conservação da biodiversidade, do bioma Cerrado, das Unidades de Conservação de Proteção Integral e ao icônico e elegante lobo-guará”, avalia Brandão.

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