
A investigação da polícia descobriu o uso de casas lotéricas de propriedade de alguns de agentes políticos do Estado para lavagem de dinheiro
A investigação da polícia descobriu o uso de casas lotéricas de propriedade de alguns de agentes políticos do Estado para lavagem de dinheiro - Foto: Agência Brasil
A operação chamada de “Mapa da Mina” foi deflagrada nesta quarta-feira (11) pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria Geral da União. Ao todo, 25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a operação. Desses, 23 foram na Região Metropolitana do Recife, um em Caruaru e o outro em Floresta.
A investigação apura o uso de casas lotéricas de propriedade de agentes políticos para lavagem de dinheiro, decorrentes de crimes de verbas públicas de corrupção.
O delegado regional executivo, Bernardo Torres falou sobre com detalhes sobre como a polícia conseguiu descobrir a lavagem de dinheiro e como ocorriam os crimes.
“Essa operação é, na verdade, uma segunda fase da operação ‘Décimos’, que foi desencadeada em 10 de abril de 2018. Inicialmente não era o objeto das investigações mas, por um encontro fortuito de provas, nós detectamos que as empresas desse grupo empresarial, empresas de segurança privada e de prestação de serviços, evoluíram bastante nos últimos sete anos. Em 2011, elas não tinham empregados registrados e, em 2018, já superavam o número de 800 empregados. Isso a reboque de contratos com a administração pública em todos esses anos.”, explicou.
“Foi apurado que eles receberam, através de contratos públicos, aproximadamente R$ 175 milhões, e repassavam parte desse montante, um valor aproximado de R$ 14 milhões, para essas casas lotéricas de propriedades de agentes políticos locais. Esses, por sua vez, interferiam em algumas das despensas em favor dessas empresas”, acrescentou.
De acordo com o delegado, a identidade dos agentes públicos envolvidos nos crimes não pode ser reveladas.
“Os inquéritos estão sob segredo de Justiça e, infelizmente, não podemos revelar a identidade dos agentes políticos. Mas foram cinco casas lotéricas pertencentes a dois agentes políticos pernambucanos”, afirmou.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, fraude a licitações e peculato.
A ação foi registrada por câmeras de segurança
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