O Ministério da Saúde suspendeu a vacina da Oxfor/AstraZeneca contra a covid-19 em grávidas e mulheres que deram à luz há 45 dias, sem comorbidades e com doenças pré-existentes. De acordo com o ministério, apenas grávidas com comorbidades podem ser vacinadas agora, contanto que recebam doses da Pfizer ou da Coronavac.
A cirurgiã dentista, Maria Fernanda Peres, está grávida de 6 meses. Ela queria muito ser vacinada contra a covid-19, mas entende a cautela. "Eu estou ansiosa para essa dia chegar, porque estando gestante e trabalhando na área de saúde, eu me sentiria muito mais segura de trabalhar estando imunizada. Por outro lado, eu entendo que toda cautela é necessária", disse.
Pernambuco
Em Pernambuco, as gestantes e puérperas vinham sendo imunizadas, desde o início de maio. Até essa terça, 6.158 mulheres tinham recebido a primeira dose. Inicialmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão imediata da aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca em grávidas. No entanto, nessa terça, o Ministério da Saúde foi além e suspendeu a vacinação para o grupo, temporariamente.
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Grávidas que tomaram 1º dose da Astrazeneca não podem tomar 2º dose
De acordo com o Ministério da Saúde, as grávidas e mulheres que tiveram bebê há 45 dias e tomaram a primeira dose da AstreZeneca não vão poder tomar a segunda dose, por enquanto. A previsão é que, até o final da semana, o Ministério da Saúde emita uma nota técnica com encaminhamentos para esse grupo.
Morte de promotora
A decisão da suspensão da vacinação em grávidas aconteceu depois da morte de uma promotora de Justiça, no estado do Rio de Janeiro, que estava grávida e havia sido imunizada com uma dose de Oxford-AstraZeneca. Ainda não se sabe se há relação entre a morte e a vacina. Ao todo, 22.295 gestantes foram vacinadas contra a covid-19, em todo o Brasil. Até 9 de maio, 11 eventos adversos graves foram registrados em gestantes imunizadas.
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O que pensam os imunologistas?
Para a imunologista, Patrícia Coelho, é preciso colocar na balança os riscos. Já o imunologista, José Roberto Zimmermann, acredita que a vacinação deveria acontecer analisando caso a caso.
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