O aumento no número de casos do novo coronavírus (covid-19) em Pernambuco pressiona cada vez mais a rede pública de saúde. Ao todo, 98% das Unidades de Terapia Intensiva (Utis) públicas estão ocupadas. Já na rede privada, a ocupação chega a 92%. Além disso, até a última atualização da Secretaria de Planejamento e Gestão, 356 pessoas aguardavam um leito de UTI no Estado.

Atualmente, Pernambuco vive um momento muito crítico em relação à covid-19. Nas UPAs da Região Metropolitana, por exemplo, é possível ver um reflexo da superlotação das unidades dedicadas ao tratamento da doença. Eliedja Gouveia, que está com sintomas semelhantes ao da covid-19, mas ainda não teve a confirmação da doença, se emocionou por não conseguir atendimento na UPA da Imbiribeira. Segundo ela, o segurança da unidade informou que o local só está recebendo pacientes graves.

Já na UPA da Caxangá, o estacionamento lotado e o número de acompanhantes do lado de fora indicam que a superlotação não é uma exclusividade da unidade de saúde da Imbiribeira. Alexandra Miranda está há três dias com dor de ouvido e não conseguiu atendimento na Caxangá.

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Alta gera efeito cascata

O alto número de pacientes com covid-19 internados nos leitos em hospitais de referência e a alta procura nas upas geram um efeito cascata no sistema de saúde. Telespectadores enviaram vídeos para a produção da TV Jornal, do Hospital Municipal de Camaragibe. De acordo com uma nota oficial da prefeitura, o local está cheio porque algumas upas, diante da demanda da covid, estão fechando os plantões, sobrecarregando o Cemec. Já a Secretaria Estadual de Saúde nega o fechamento dos plantões nas upas, mas admite a sobrecarga nos serviços.

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Medidas restritivas

Diante do avanço dos números, nessa segunda-feira (24), o governador Paulo Câmara anunciou novas medidas restritivas para conter a pandemia.