Os desdobramentos sobre o protesto contra o governo Bolsonaro que aconteceu no último dia 29 de maio, na Área Central do Recife, e provocou a perda de visão de dois homens atingidos por balas de borrachas disparadas pela Polícia Militar de Pernambuco, seguem sendo atualizadas.
Nessa segunda-feira (7), foi realizada uma coletiva no auditório da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.
Participaram da coletiva o novo secretário de Defesa Social, Umberto Freire e o novo comandante da PM, coronel Roberto Santana.
Na ocasião, eles apresentaram uma linha do tempo do que teria acontecido na manhã do protesto.
De acordo com o secretário de Defesa Social, Umberto Freire, os policiais teriam reagido após alguns manifestantes atravessarem o limite estimado do protesto.
Os PM foram afastados
Sobre a conduta dos PMs, o secretário Umberto Freire informou que 16 foram afastados. Sendo 13 praças e 3 oficiais. Umberto disse ainda que eles também estão sendo investigados por não terem prestado socorro aos feridos.
Já o novo comandante da Polícia Militar, coronel Roberto Santana, afirmou que os policiais foram treinados para não atirar no rosto.
Lutar na justiça
Em casa, o adesivador de carros Daniel Campelo, uma das pessoas gravemente feridas durante o protesto, garantiu que vai lutar na justiça por um ressarcimento do Estado.
O protesto
O protesto contra a gestão do presidente Jair Bolsonaro aconteceu no último dia 29 de maio.
Já quando a manifestação se aproximava do Palácio do Campo das Princesas, policias militares começaram a disparar contra os manifestantes.
Jonas Correia e Daniel Campelo, que passavam pelo local, mas nem participavam do ato, foram as duas pessoas que se feriram mais gravemente. Os dois perderam a visão após serem atingidos por tiros de balas de borracha.