Cuidados

Com shows marcados para os próximos meses em Pernambuco, qual a máscara mais indicada para me proteger contra a covid-19? E a mais segura? Médico explica

Médico infectologista alertou à população sobre os cuidados e prevenção contra o vírus

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 23/08/2021 às 15:00 | Atualizado em 25/03/2022 às 20:24
Pixabay
FOTO: Pixabay

Usar máscara, mas do que nunca, é fundamental para a prevenção do contágio pelo novo coronavírus (covid-19), principalmente agora, onde a liberação dos eventos em Pernambuco está às portas.

Mas quais os cuidados que a gente deve ter quando a máscara é de tecido e quando ela é descartável? Qual a máscara mais indicada?

Em entrevista ao TV Jornal Meio-Dia desta segunda-feira (23), o médico infectologista Dr. Evânio Campelo explicou as diferenças e alertou à população para os cuidados e a prevenção contra o vírus.

"Existe máscara bem mais indicada e, de acordo com a categoria e com o ambiente. Temos a máscara de pff2 e a máscara N95, que são para ambientes hospitalares ou ambientes fechados e, existe, as máscaras cirúrgicas para os ambientes mais abertos, as máscaras caseiras", relatou o médico.

Questionado sobre uma máscara mais segura, já que em Pernambuco há confirmação de que a variante Delta está circulando o Estado, o médico afirmou que as máscaras hospitalares são eficazes para proteção do vírus.

"A máscara N 95 ou pff2, são as mais seguras. Mas, se as pessoas comprarem muitas, faltaram para os profissionais de saúde", falou.

>>Vídeo que viralizou na internet mostra eficácia de máscaras N95/PFF2 na prática

O médico também reforçou que, quanto a máscara descartável, a população tivesse bastante atenção.

"A máscara descartável não deve ser lavada. A depender da hora, se a máscara ficar umedecida, tem que ser descartada e fazer a troca por outra", disse.

Qual a diferença entre as máscaras?

Máscaras de tecido: são aquelas produzidas artesanalmente em casas ou confeções com materiais não médicos, como tecido, malha ou retalhos. É o tipo mais visto nas ruas, variando muito em forma, cor, material e estilo. Elas podem ser lavadas e reutilizadas.

Se você quer saber o modo correto de produção e higienização dessas máscaras caseiras, acesse esta orientação da ANVISA ou nosso post sobre isso.

Máscara cirúrgica: produzida industrialmente com materiais específicos e descartáveis, a máscara cirúrgica é normalmente utilizada por profissionais de saúde durante procedimentos. Ela apresenta como diferenciais:

um material que filtra partículas menores que os tecidos comuns;
a presença de um arame que permite uma melhor adequação ao contorno da área do nariz, minimizando frestas e aumentando a proteção.

Máscara N95: também são produzidas em nível industrial para profissionais de saúde. Elas buscam oferecer a melhor proteção contra aerossóis, as menores partículas respiratórias possíveis para a transmissão dos vírus.

Durante procedimentos médicos, como intubações, elas são eliminadas em grande quantidade. Por isso, é necessária essa proteção maior.

Para isso, elas têm várias camadas de diversos materiais, além de serem muito anatômicas, de modo a minimizar ao máximo os espaços por onde o ar poderia passar sem ser filtrado. Elas são as mais caras de serem produzidas e estão em falta até mesmo para profissionais de saúde.

Como usar a máscara de forma correta?

Higienize as mãos. Antes de tocar a máscara médica limpa, você deve lavar bem as mãos com água e sabonete. Aplique sabonete às mãos molhadas e esfregue uma na outra por pelo menos 20 segundos. Depois, enxague. Seque as mãos com uma folha de papel-toalha e, depois, descarte-a no lixo.

Veja se a máscara tem algum defeito. Depois de tirar a máscara médica nova da caixa, veja se ela está em perfeitas condições ou se tem algum defeito, como rasgos. Se houver, jogue-a fora e use outro acessório.

Coloque a máscara na posição correta. A extremidade superior da máscara é a que tem um detalhe que se encaixa bem no nariz da pessoa. Portanto, ela deve ficar virada para cima na hora de vestir o acessório

Coloque a máscara do lado certo. A parte interna das máscaras médicas é branca, enquanto a externa tem alguma outra cor. Antes de vestir o acessório, veja se ele está do lado correto

Coloque a máscara no rosto. Existem diversos tipos de máscaras médicas no mercado, cada um com um método próprio de aplicação. Com alças para as orelhas: algumas máscaras têm duas alças laterais para as orelhas.

Geralmente, elas são feitas de algum material elástico. Pegue o acessório pelo elástico, passe um pela primeira orelha e o outro pela segunda.De amarrar: algumas máscaras têm tiras de amarrar na nuca. No geral, há dois pares (um em cima e outro embaixo).

Pegue o acessório pelas tiras superiores, passe-as para trás da cabeça e dê o nó.Com faixas: algumas máscaras têm duas faixas elásticas que passam para trás da cabeça (sem a necessidade de amarrar).

>>Quais máscaras garantem melhor proteção contra a covid-19? Veja ranking baseado em estudo da USP

Coloque o acessório no rosto, puxe a faixa superior por cima da cabeça e passe para a nuca. Depois, puxe a faixa inferior com o mesmo movimento.

Ajuste a máscara no nariz. Depois de colocar a máscara na cabeça e no rosto, segure-a na ponte do nariz com o indicador e o polegar.

Se necessário, amarre a tirinha inferior da máscara. Se estiver usando uma máscara de amarrar, dê o nó na base da cabeça. Como o acessório pode acabar não funcionando se você tentar mexer nele demais, é melhor esperar até a parte do nariz ficar no lugar certo antes de amarrar as tiras inferiores

Ajuste a máscara no rosto e debaixo do queixo. Depois de prender bem a máscara, ajuste-a e cubra a boca e o nariz e passe a parte inferior do acessório por baixo do queixo.

Shows em Pernambuco

Como parte do processo de retomada das atividades não essenciais, o Governo de Pernambuco irá lançar o Passe Seguro PE, nesta segunda-feira (21), para certificar os aplicativos que irão garantir o acesso de pessoas já vacinadas e testadas a eventos no Estado.

De acordo com anúncio do governo estadual, em coletiva de imprensa na última quinta-feira (19), devem ser realizados "eventos-teste" para verificar a situação na pandemia da covid-19 e depois avaliar se o setor após mais de um ano e meio fechado poderá receber público novamente.

Apesar de ainda não haver data de liberação, produtores e casas já se anteciparam e lançaram vendas de ingressos para shows que devem acontecer nos próximos meses.

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