Foi iniciado, nesta terça-feira (9), no Fórum Thomás de Aquino, área central do Recife, o julgamento do ajudante de pedreiro acusado de matar e ocultar o corpo da namorada, a universitária Remís Carla Costa.
O crime ocorreu em dezembro de 2017 e foi motivado por uma briga por um aparelho celular. Veja matéria:
Amigos da faculdade e representantes do Movimento Popular Estudantil Revolucionário acompanharam a chegada do réu e pediam por justiça.
José Carlos, pai da estudante universitária, que na época do crime tinha 24 anos, compareceu ao fórum. Abalado, ele lembrou dos últimos anos sem a filha e falou sobre a expectativa para o julgamento.
"A esperança é de que hoje seja feita justiça", falou o homem.
A mãe de Remís, dona Ruzinete, esteve acompanhada por outros parentes. Também bastante abalada ela preferiu não gravar entrevista e subiu direto para o plenário.
O julgamento
Cinco testemunhas de acusação foram convocadas pelo Ministério Público de Pernambuco e cinco arroladas pela defesa do acusado.
Sete jurados foram sorteados. A juíza Fernanda Moura de Carvalho presidiu a sessão.
A defensora pública, Danielle Monteiro, após ouvir o réu disse que ele alegou desconhecer o motivo pelo qual matou a estudante.
"Ele é um réu confesso. Ele nega a questão do motivo ter sido um celular", comentou. Já a promotora, Eliane Gaia, falou sobre a tese da denúncia e as penas para o crime.
"A tese do Ministério Público é de um homicídio triplamente qualificado pelo motivo fútil, por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e também no contexto de violência doméstica", explicou.
Relembre o caso
O crime aconteceu em dezembro de 2017. O ajudante de pedreiro e réu confesso de 26 anos é acusado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver da namorada.
Conforme com as investigações, Remís estava na casa do namorado no dia do crime.
Na ocasião, houve uma discussão entre o casal por conta de um celular e o auxiliar de pedreiro teria colocado a mão no pescoço da vítima, apertando com força, dificultando qualquer forma de defesa.
Ao invés de buscar socorro, ele concluiu que havia matado a namorada e saiu de casa, retornando na madrugada do dia seguinte, quando enterrou o corpo da vítima.
O corpo da jovem foi encontrado numa cova rasa, a poucos metros da casa dele, na Caxangá, após quase uma semana de buscas. O crime teve grande repercussão no Estado.