Ocorre nesta sexta-feira (19), no Fórum de Paulista, Região Metropolitana do Recife, a primeira audiência de instrução e julgamento da morte da dentista Emelly Nayane, assassinada em 22 de fevereiro deste ano.
O réu é o ex-marido da vítima, que, de acordo com laudo do Instituto Médico Legal, o suspeito teria matado a vítima por estrangulamento.
Antes do início da sessão, amigos de Emelly Nayane e alguns parentes se reuniram em frente ao Fórum para protestar.
Vestidos com camisas estampadas com a foto da dentista , com faixas e cartazes o grupo pedia justiça para o caso.
Emocionada, Roseane Bento , tia da vítima, relembrou dos últimos momentos em família e disse que ainda não consegue acreditar na morte da sobrinha.
"Ela ligou para mim nessa pandemia: tia sonhei com a senhora, a senhora estava chorando. Pra mim ela fez uma viagem, eu não acredito que ela morreu. Todos da família amava, tão prestativa e acontecer isso, não tem como aceitar", relata.
Julgamento
Durante todo dia serão ouvidas as testemunhas convocadas para a primeira audiência de instrução. O pai e a mãe de Emelly acompanham a sessão de forma remota junto com o advogado da família.
E o acusado será ouvido remotamente direto do Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde está preso.
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Tia fala sobre o réu
Em entrevista a TV Jornal, a tia da vítima, Vânia Ribeiro, desabafa:
"Lívio, como você está conseguindo sobreviver sabendo da sua total e verdadeira culpa. Porque é absurdo homens como você continuarem e dizerem que ama", desabafou.
Relacionamento conturbado
Familiares da vítima relataram que o casal viveu um relacionamento conturbado durante três anos e que Emelly estava separado a cerca de um mês quando foi morta pelo ex marido.
Conceição Leite falou sobre a relação da sobrinha com o comerciante e das condições que ela vivia com ele.
"A gente viu a situação que se encontrava: o corpo com vários hematomas. Já era a segunda vez que ela tentava sair desse relacionamento e ela tinha dito que queria viver tranquila e em paz com o pai do meu filho. Ele no canto dele e eu no meu canto vivendo a minha vida. Mas ele não permitiu isso", contou.
Relembre o caso
Emelly Nayane da Silva Ribeiro foi morta no dia 22 de fevereiro deste ano.
Segundo a família ela foi levada pelo ex sogro para um hospital particular em Paulista desacordada e com marcas de agressão no pescoço.
O ex-marido da vítima foi preso em casa por mandado de prisão preventiva pelo crime de feminicídio cinco dias depois do crime.