Suspeito na operação Convescote, Secretario de Paulista entrega cargo 2

TV Jornal
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Publicado em 29/05/2019 às 15:44
O secretário de Políticas Sociais e Esportes do Paulista, Augusto Costa, decidiu entregar o cargo após se tornar suspeito na operação “Convescote”, deflagrada nessa terça-feira (28). Com a saída de Augusto, a pasta passa a ser responsabilidade do chefe de Gabinete do prefeito, Francisco Padilha, que deverá colaborar com as investigações das autoridades.  O afastamento do secretário é imprescindível para as investigações,  para a delegada Sylvana Lellis, Gestora da Delegacia de Repressão Contra Crimes de Ordem Publico (Draco). "Na verdade o que ocorreu é que a Justiça de Pernambuco através da representação do delegado que presidiu a investigação, sentiu que havia sim a necessidade desse afastamento. É um afastamento por decisão judicial, tanto do secretário, quanto do pregoeiro, quantos dos três outros funcionários. [...] É uma medida cautelar que é deferida pela Justiça, então não há a hipótese de entrega de cargo, porque é uma decisão judicial para que ele não fique na função pública e que não possa ter acesso a prefeitura", explicou.  De acordo com as investigações, alguns sócios de empresas, com a participação do pregoeiro, fraudaram uma licitação na cidade do Paulista, no Grande Recife, cujo objeto era o fornecimento de gêneros alimentícios para duas casas de acolhimento vinculadas à Secretaria de Políticas Sociais da Prefeitura, com valores superiores a R$ 580 mil. Além do secretário, mais três servidores estão sendo investigados pela operação, entre eles uma funcionária que seria namorada de um dos donos das empresas envolvidas no esquema. "Essa servidora foi nossa militante e teve a oportunidade de trabalhar no governo. Mas nós não sabíamos da relação pessoal que ela tinha com o empresário investigado. É bom deixar bem claro que a servidora era responsável por receber as pessoas que batiam a porta da prefeitura à procura de uma oportunidade”, comentou o prefeito de Paulista, Junior Matuto (PSB), em coletiva de imprensa na última terça-feira (28).  A operação é coordenada pela Diretoria Integrada Especializada (DIRESP), no Pacto Pela Vida, e vinculada ao Departamento de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado (DRACO). A execução da Convescote contou com 80 policiais civis de Pernambuco, entre delegados, agentes e escrivães. Segundo a Polícia Civil, Convescote surgiu para desarticular uma organização criminosa que cometia fraudes em licitações, falsidade ideológica, corrupção passiva e corrupção ativa, além de associação criminosa. As investigações tiveram início em janeiro deste ano e cumpre dois mandados de prisão, cinco de afastamento das funções públicas e 15 mandados de busca e apreensão domiciliar. "As investigações vão continuar, então a gente acho cedo indicar quem chefia, porque como a gente está ainda em investigação a gente pode chegar num patamar hierárquico ainda maior", disse a delegada. 

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