Para presidente da OAB, Bolsonaro demonstra ''crueldade''

TV Jornal
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Publicado em 30/07/2019 às 19:44
Na manhã dessa segunda-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prometeu contar ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como o seu pai, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, desapareceu na época da ditadura militar. Após a declaração, uma sala se encheu para preservar a memória de Fernando Santa Cruz. Estiveram na reunião para falar sobre a declaração representantes de instituições de direitos humanos, políticos e membros da Comissão Estadual da Verdade, que investigou crimes praticados em Pernambuco ou contra pernambucanos durante a Ditadura Militar no Brasil. Em Pernambuco, foram cinco anos de trabalho, que produziram 847 páginas em dois volumes, e mais de 70 mil documentos foram avaliados. A história ainda emociona a família do pernambucano, que morreu em fevereiro de 1974, mas não se sabe como, onde ou de que forma. O corpo de Fernando nunca foi encontrado.  No dia 28 de agosto, a família vai receber o atestado de óbito de Fernando Santa Cruz retificado. Agora, consta no documento, que ele teve morte violenta, causada pelo Estado Brasileiro. Por isso, a família não se conforma com as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que fez referência à morte de Fernando ao filho dele, hoje presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.   Por meio de nota, Felipe pontuou que Bolsonaro demonstra “traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia”.  Marcelo, irmão de Fernando, disse que o presidente atingiu a família Santa Cruz de forma estúpida e cruel e que as providências estão sendo tomadas. Agora, a Comissão da Verdade quer reabrir as investigações sobre a morte de Fernando Santa Cruz, para que o Estado Brasileiro esclareça como se deu a morte dele.

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