Em 2023, o avanço da inteligência artificial (IA) tem deixado jornalistas, programadores e, até mesmo, professores mais preocupados com o uso facilitado da tecnologia.

A tecnologia que permitiu uma maior integração da inteligência artificial foi o ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, que funciona como um chatbot capaz de responder perguntas simples até complexas, com a possibilidade de criar conteúdos originais em questão de segundos.

O principal diferencial da inteligência artificial é a possibilidade de criar conteúdos como um ser humano faria, além do fácil acesso à tecnologia, contendo 1 milhão de usuários em poucos dias após seu lançamento.

Uma das maiores qualidades do ChatGPT é o aumento da produtividade, principalmente na produção de novos softwares, proporcionando a transformação digital desde áreas já otimizadas até as que ainda engatinham.

"Com um bom entendimento do negócio e sabendo interpretar isso em texto de forma natural, as pessoas poderão gerar código de maneira muito mais rápida, cabendo ao desenvolvedor focar muito mais na validação das saídas desse código do que no algoritmo em si", afirmou o Delivery Manager da ZBRA, Gustavo Ayres.

Com o poder da inteligência artificial, agora o usuário pode ter o acesso a um novo universo de dados que só era possível de forma limitada.

Com mais de 1 milhão de usuários, o chatbot é uma evolução no quesito de democratização da inteligência artificial, contudo, a ferramenta pode ser usada de forma negativa.

Um dos alertas destacado pela própria empresa é geração de informações falsas. No site, a empresa descreve que "Embora tenhamos salvaguardas em vigor, o sistema pode ocasionalmente gerar informações incorretas ou enganosas e produzir conteúdo ofensivo ou tendencioso".

O ChaGPT pode criar códigos complexos em um nível universitário, o que já preocupa professores na identificação do conteúdo feito por um humano ou pela IA. Dessa forma, alunos podem usar a inteligência para produzir conteúdos falsos.

"O modelo atual de ensino focado em trabalhos feitos em casa vai sofrer uma forte pressão, pois não será mais possível identificar textos não-autorais, principalmente para trabalhos onde o principal objetivo é entendimento de texto e análise crítica", afirmou o CTO da ZBRA, Alexandre Cunha.

Outro alerta é a substituição de profissões como jornalistas ou programadores, pois a ferramenta demonstra entendimento complexo sobre os assuntos e capacidade de discorrer sobre eles sem problemas.

Não se pode descarta a possibilidade de utilizar o ChatGPT para utilização inapropriada, como explicar para projetar uma arma ou montar um explosivo caseiro.

"Como o bot consome todo tipo de conteúdo, ele é capaz de rapidamente juntar estudos e informações técnicas de áreas diferentes de forma eficiente para um determinado propósito. Por exemplo, como construir uma bomba atômica", confirmou Alexandre Cunha.