Da mesma família do vírus do Ebola, o vírus de Marburg é um dos mais letais e infeciosos do mundo.

O vírus de Marburg é o responsável causar a doença de Marburg, caracterizada principalmente pelo quadro de febre hemorrágica. Este vírus, que é da mesma família do Ebola, tem alto poder de disseminação e mortalidade, tornando-se um dos mais letais do mundo.

O reconhecimento da doença ocorreu em 1967, após os primeiros surtos da doença na Alemanha e na Sérvia. Após isso, casos foram registrados por territórios Africanos, tornando casos externos raros. A última incidência comprovada do vírus ocorreu em 2008, com dois turistas após ambos visitarem uma colônia de morcegos numa caverna na Uganda.

Recentemente, houve uma alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o vírus de Marburg após um possível começo de epidemia na doença em Guiné Equatorial. Com um registro de no mínimo 9 mortes e 16 casos de suspeita pela presença de sintomas de Marburg, apenas uma das 8 amostras enviadas para análise laboratorial constatou a presença do vírus.

O vírus tem como meio de transmissão para humanos o contato direto destes com coisas contaminadas por morcegos que se alimentam de frutos ou com os próprios animais. Após a infecção, pode ser transmitido de humano para humano pelos meios convencionais de transmissão.

O Marburg causa, de maneira repentina, febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo, mal-estar, náuseas, diarreia, icterícia, erupções na pele, disfunções renais e de outros órgãos, delírios e hemorragia.

O diagnóstico ocorre, geralmente, de maneira tardia através de exames laboratoriais.

Em geral, as pessoas que correm maior perigo de contaminação são profissionais veterinários e pesquisadores que tenham contato com primatas e morcegos africanos. Como consequência, familiares e profissionais da saúde também podem ser infectados através do paciente com o vírus de Marburg.

As ações de prevenção contra o vírus Marburg incluem evitar áreas com animais infectados, como os morcegos que se alimentam de frutos e primatas doentes, isolamento de humanos infectados e o uso de EPIs, tais como aventais, luvas e máscaras de proteção. Além disso, é necessário esterilização de superfícies e descarte adequado de objetos de uso único e descartável que sejam utilizados pelo paciente.

Ainda não há um meio de combate e prevenção do vírus de Marburg, mas o tratamento de sintomas podem evitar o risco de morte, uma vez que o índice de mortalidade varia de 24% a 88%.