FASE TERMINAL DO CÂNCER

Ouvir de um médico que um paciente com câncer (ou qualquer outra doença) está em fase terminal costuma gerar dúvidas, angústia e inquietude, especialmente em entes queridos. Nos próximos stories, veja o que os médicos sabem sobre essa fase da doença:

De acordo com os médicos, não há um período de tempo completamente definido para a "fase terminal" da doença. Na prática, esse termo define o fato daquele paciente estar com a doença em um estado muito avançado, no qual as técnicas disponíveis não são mais suficientes para controle, melhoria ou cura da doença. É um quadro irreversível. No entanto, o tempo em que o paciente permanecerá vivo varia muito a depender do tipo de doença e do organismo de cada pessoa.

"Um prognóstico é uma previsão do curso provável e do desfecho de uma doença ou a probabilidade de recuperação de uma doença. É frequente pensar que o médico sabe e pode prever quanto tempo uma pessoa viverá. A verdade é que, geralmente, ninguém sabe quando uma pessoa doente morrerá", escreveram as pesquisadoras Elizabeth Cobbs e Karen Blackstone, da George Washington University, e Joanne Lynn, da Altarum Institute, em artigo publicado no site da farmacêutica MSD.

"Os familiares não devem insistir na obtenção de uma previsão exata ou confiar em eventuais prognósticos. Essas previsões exatas são frequentemente erradas porque há muita variação em quanto tempo uma pessoa pode viver com uma doença", acrescentaram.

"Por vezes, pessoas muito frágeis podem viver meses ou anos, muito mais tempo do que parecia possível. Outras vezes, pelo contrário, morrem rapidamente. Se uma pessoa solicitar a companhia de alguém em particular para o momento da morte, devem ser tomadas as medidas necessárias para realizar o desejo por um tempo indefinido", continuaram.

"Entretanto, às vezes, é necessário fazer uma estimativa do tempo de vida que provavelmente resta à pessoa. Por exemplo, os cuidados paliativos geralmente exigem o prognóstico médico de menos de seis meses de vida".

ORIENTAÇÃO

"Em vez de perguntar a seu médico "Quanto tempo eu tenho de vida?" ou "Eu provavelmente morrerei em seis meses?", pode ser melhor perguntar sobre a variação típica de sobrevida, o tempo maior e menor que uma pessoa provavelmente vive razoavelmente", sugeriram as pesquisadoras no artigo.

"Os sintomas progridem de maneiras diferentes com doenças diferentes. Por exemplo, em algumas pessoas em estado terminal de câncer, a energia, a funcionalidade e o conforto geralmente diminuem muito apenas nos últimos dois meses antes da morte. Durante esse período, a pessoa está visivelmente enfraquecida e o fato de que a morte está próxima se torna óbvio para todos", exemplificaram as pesquisadoras.

"Outras doenças, como doença de Alzheimer, insuficiência hepática e insuficiência renal, podem seguir um declínio mais gradual desde o começo, mas muitas vezes em uma taxa que é imprevisível. A doença cardíaca grave e a doença pulmonar obstrutiva crônica podem provocar um declínio contínuo, mas com episódios de piora séria. Esses episódios são frequentemente seguidos por melhoras, mas geralmente a morte vem depois de um episódio ou piora que se desenvolve em poucos dias de estabilidade", concluíram.

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