O câncer de intestino - também intitulado câncer de cólon e reto ou câncer colorretal, se refere à presença de tumores malignos no cólon (parte central do intestino grosso) e/ou no reto (porção final do órgão, antes do ânus).

Há vários fatores de risco para o surgimento do câncer de intestino, como sedentarismo, tabagismo, excesso de peso e determinados hábitos alimentares.

Também é frequente o surgimento do câncer a partir de pólipos, que são lesões benignas no intestino. Assim, indivíduos com histórico de pólipos intestinais possuem maior propensão a desenvolver a doença.

Existem também outros fatores de risco para o câncer de cólon e reto, como o histórico familiar e a presença de doenças como retocolite ulcerativa, Doença de Crohn ou enfermidades resultantes de mutações genéticas, como a síndrome de Gardner.

Em seus primeiros estágios, o câncer de cólon e reto usualmente não manifesta sintomas. Porém, a doença pode mostrar sinais em estágios mais avançados.

O diagnóstico precoce gera uma maior probabilidade de cura e pode ser obtido por exames, em pessoas que apresentem sintomas característicos da doença ou pessoas que não possuem sintomas, mas integram grupos de risco.

A recomendação médica é que pessoas com mais de 50 anos façam exames de sangue oculto nas fezes, pois isso aumenta as chances de diagnóstico precoce e, consequentemente, de cura.

Entre os principais sintomas do câncer de cólon e reto estão: anemia; fraqueza; dor abdominal; cansaço excessivo; presença de sangue nas fezes; mudanças repentinas nos hábitos intestinais, com prisão de ventre ou diarreia que começam bruscamente; perda de peso sem motivo aparente; e presença de massa no abdômen.

Estudos internacionais de 2019 destacam que alimentos que estimulem o estresse oxidativo e inflamação crônica favorecem o desenvolvimento de câncer de intestino, bem como de outras as doenças.

Os exemplos de mais destaque são as carnes vermelhas processadas. Além disso, também fornecem maior risco de desenvolvimento da doença alimentos de caráter inflamatório, como manteiga e derivados do leite (ricos em gorduras saturadas), bem como alimentos ricos em gorduras trans (biscoitos, salgadinhos e margarina).

Também é o caso dos chamados carboidratos refinados, como açúcar, farinha branca e alimentos que os possuem em sua composição, como sorvete, bolo, pão e bebidas adocicadas.

Conforme aponta o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 30% dos casos de câncer de cólon e reto podem ser evitados com mudança de hábitos, o que inclui abandono do tabagismo, moderação no consumo de álcool e práticas regulares de exercícios físicos. Uma dieta balanceada, com maior consumo de frutas, verduras e legumes, e sem ultraprocessados, também colabora com a prevenção.

O tratamento do câncer de cólon e reto varia conforme o quadro e as características de cada paciente (idade, estado de saúde, etc.). As possibilidades de tratamento envolvem quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, bem como a retirada cirúrgica da porção do intestino onde há tumores.

A solução cirúrgica é possível na maior parte dos casos e pode requerer uso de bolsa de colostomia temporária (até que haja plena recuperação do intestino) ou definitiva (caso o reto seja removido completamente).

Esta matéria não substitui um diagnóstico médico, nem o tratamento adequado a ser prescrito por um profissional de saúde. Se suspeita de câncer no intestino, procure um médico para investigação e início de tratamento. Para devida orientação sobre alimentação saudável e específica para seu organismo, consulte um nutricionista ou nutrólogo.