Antes de uma expedição em 2022, Stockton Rush, CEO da OceanGate, dirigiu-se à tripulação e aos passageiros do submarino Titan, afirmando que ouvir ruídos provenientes da embarcação durante o mergulho não era motivo de preocupação.

Segundo um episódio do programa "The Travel Show" da BBC, Rush teria declarado: "Quase todos os submarinos de mergulho profundo fazem barulho em algum momento".

Rush foi uma das cinco vítimas fatais devido à implosão do submarino Titan durante uma expedição organizada pela OceanGate aos destroços do Titanic no mês passado.

O portal "Insider" relatou que, no episódio do programa no ano passado, Rush aparece falando com os passageiros antes de entrar no submersível e explicando que a viagem de 3,8 km até o naufrágio seria perigosa.

"Queremos que todos estejam totalmente informados. Este é um submarino experimental. Este é um ambiente perigoso", teria afirmado o CEO da empresa responsável pelas expedições e pelo submarino.

Em uma entrevista ao New York Times, Karl Stanley, especialista em submersíveis, mencionou que durante uma expedição a bordo do submarino Titan na costa das Bahamas em abril de 2019, ele percebeu que algo estava errado ao ouvir estalos, que se intensificaram ao longo das duas horas de mergulho.

No dia seguinte, Stanley enviou um e-mail para Stockton Rush, CEO da OceanGate, a empresa responsável pelo Titan, que implodiu no mês passado, resultando na morte dos cinco passageiros a bordo, incluindo Rush. Ele pediu que Rush reconsiderasse as expedições planejadas para o Titanic naquele ano.

No e-mail, Stanley também explicou o que acreditava ter causado os ruídos. Ele descreveu os estalos como "indicativos de uma falha/defeito em uma área sujeita a enormes pressões, sendo esmagada/danificada".

Ele acreditava que os ruídos apontavam para "uma área do casco que estava se rompendo".

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