A paralisação do funcionamento das linhas de metrô e ônibus na Região Metropolitana do Recife começou a partir da 00h00 desta quarta-feira (26).

A decisão foi tomada pelo setor após motoristas e empresários das linhas de ônibus da RMR não conseguirem chegar a um acordo salarial na reunião decisiva que ocorreu na manhã desta terça-feira (25).

Devido a falta de um acordo entre motoristas e empresários, segundo o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, o serviço de ônibus, responsável por transportar diariamente 1,8 milhão de passageiros, ficará paralisado nesta quarta-feira.

Além disso, o cenário pode se agravar caso os metroviários desejem aderir a greve. Uma assembleia com o setor está agendada para às 18h desta terça-feira e vai definir se as linhas de metrô também sofrerão paralisação.

Durante a segunda reunião, que foi mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT 6ª Região), a Urbana-PE apresentou uma contraproposta aos rodoviários, oferecendo um reajuste salarial de 3%, ticket no valor de R$ 370 e gratificação pela dupla função de R$ 150.

Os rodoviários não aceitaram a oferta e realizaram uma contraproposta para a categoria, solicitando um reajuste de 5%, ticket de R$ 500 e gratificação de R$ 200. Os empresários não aceitaram a contraproposta dos rodoviários.

Após a reunião sem a chegada de um consenso, a Urbana-PE anunciou que irá solicitar ao TRT-6 o julgamento do dissídio de greve na tentativa de minimizar o impacto da paralisação dos motoristas de ônibus prevista para esta quarta-feira (26).

Além disso, a empresa também destacou que não irá permitir o bloqueio das garagens, evitando a obstrução da saída dos profissionais que desejam trabalhar.

Em resposta aos movimentos de paralisação do funcionamento das linhas de ônibus, que podem prejudicar grande parte da população que depende do serviço para se locomover na cidade, o governo de Pernambuco emitiu um pronunciamento exigindo que as empresas operadoras e o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco garantam a operação de 80% da frota de coletivos nos horários de pico da manhã e da noite.

Durante o horário fora de pico, a exigência é que seja mantido em funcionamento 50% da frota de ônibus.

Essa determinação foi comunicada através de um ofício enviado às duas categorias na tarde desta terça-feira (25), após a segunda tentativa frustrada de negociação entre os motoristas e os empresários, com mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6).

"O Grande Recife informa que oficializou as empresas operadoras e o Sindicato dos Rodoviários para que, diante da paralisação da categoria, na manhã desta quarta-feira (26), seja cumprida uma frota mínima de 80% dos ônibus nos horários de pico e 50% nos horários fora pico."

"A medida baseia-se na Lei Federal nº 7.783, de 28 de junho de 1989, e no Artigo 6º, da Constituição Federal, que consideram o transporte coletivo serviço essencial para a população"