Entenda sobre o tipo de tratamento que LULA sancionou

Nesta segunda-feira (07), o presidente Lula sancionou uma lei que autoriza o uso de ozonioterapia em todo o país, o que gerou críticas de entidades científicas e médicas.

Isso ocorre porque a ozonioterapia é um método de tratamento que envolve riscos e que não possui benefícios comprovados cientificamente, apesar de ter se popularizado.

A ozonioterapia envolve a administração de ozônio (O3), uma forma instável de oxigênio, ao corpo, seja por via intravenosa, tópica ou retal.

Os defensores desta terapia alegam que o ozônio possui propriedades terapêuticas miraculosas, incluindo aumento da circulação sanguínea, fortalecimento do sistema imunológico e tratamento de diversas condições médicas, desde doenças crônicas até infecções.

Apesar das alegações impressionantes, a ozonioterapia carece de evidências científicas sólidas para respaldar suas reivindicações.

Estudos clínicos bem conduzidos são escassos e muitos dos resultados positivos relatados são baseados em relatos soltos e estudos de baixa qualidade. A comunidade médica e científica tem sido cética quanto à eficácia real dessa terapia e alerta para os riscos potenciais associados ao uso de ozônio.

A administração inadequada de ozônio pode levar a efeitos colaterais graves, como irritação pulmonar, inflamação nas vias aéreas, danos aos glóbulos vermelhos e até mesmo insuficiência respiratória.

A disseminação de informações não baseadas em evidências nas mídias sociais e a exploração da esperança das pessoas por uma cura rápida podem contribuir para metódos pseudocientíficos ganhem fama.

Embora algumas pessoas possam relatar melhorias temporárias em suas condições, é crucial lembrar que a saúde não deve ser comprometida por soluções rápidas e não comprovadas.

Antes de aderir à ozonioterapia ou a qualquer terapia alternativa, é aconselhável consultar um profissional médico qualificado e confiar em abordagens comprovadas e baseadas em evidências para cuidar da sua saúde.