O leite materno é considerado o alimento mais completo para os recém-nascidos. Além de saciar a fome, ele contribui significativamente para a melhora nutricional da criança, reduz a chance de obesidade, hipertensão e diabetes, bem como os riscos de infecções e alergias.
A amamentação, por sua vez, é parte fundamental na relação entre a criança e a mãe, já que além dos efeitos positivos na saúde física de ambos, também reforça o vínculo afetivo.
A importância da amamentação é tanta que em 1992 a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a campanha Agosto Dourado.
Segundo as duas organizações, cerca de 6 milhões de vidas são salvas todos os anos pelo crescimento das taxas de amamentação como forma exclusiva de alimentar a criança até o sexto mês de idade.
No Brasil, por exemplo, um levantamento realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra que o percentual de crianças com até seis meses de idade que receberam o aleitamento materno adequado cresceu de 2,9% para 45,7% entre 1986 e 2020.
Qual a importância da amamentação?
De acordo com a coordenadora do curso de enfermagem do Centro Universitário UniFBV Wyden, Nadynne Pastoriza, a amamentação reforça a imunidade, ajuda no combate a doenças e reforça esse vínculo entre mãe e filho.
"O leite materno promove o melhor desenvolvimento do bebê, principalmente para o prematuro, prevenindo doenças alérgicas e diminuindo o índice de obesidade e diabetes em crianças que mamam por um período maior", explica.
Já o pediatra Roberto Mário Issler, membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP e professor de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) explica que os benefícios se estendem, inclusive, para a mãe.
"A mulher que amamenta tem menor prevalência de câncer de mama e de ovário", nota. O mesmo vale para a anemia, o diabetes e o infarto de coração, de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde.
Leite materno deve ser exclusivo até os 6 meses
Ainda de acordo com Nadynne, o leite materno deve ser o único alimento oferecido às crianças com até seis meses de idade. A orientação, inclusive, é consenso entre os pediatras.
Para Issler, o leite materno continua importante mesmo após a introdução da alimentação complementar depois dos seis meses de aleitamento exclusivo.
"É um alimento específico, com todos os nutrientes, proteínas, fatores de proteção imunológica, gordura e micronutrientes", argumenta.
Centro universitário promove evento aberto ao público sobre aleitamento materno
Durante a campanha Agosto Dourado, várias ações são realizadas para incentivar a amamentação e reforçar a importância do leite materno na infância.
Para discutir o assunto, o Centro Universitário UniFBV Wyden deve realizar nos próximos dias 24 e 25 um evento gratuito e aberto ao público.
No dia 24, o curso "O olhar da enfermagem para a amamentação" será ministrado no laboratório de movimento UniFBV, localizado na sede da instituição, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, das 18:30h às 22h. As inscrições devem ser realizadas pela internet.
Já no dia 25, acontece a palestra "Agosto Dourado" no auditório do centro universitário, das 18:30h às 22h. É necessário se inscrever previamente pela internet para participar do evento.
* Com informações da Agência Brasil
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