OPERAÇÃO MERCENÁRIOS

Quadrilha responsável por roubos a empresas na RMR é desarticulada

Violenta, quadrilha era comandada de dentro do Presídio Frei Damião de Bozzano

Giovanna Torreão
Giovanna Torreão
Publicado em 02/05/2019 às 15:15
Foto: Divulgação/Polícia Civil
FOTO: Foto: Divulgação/Polícia Civil

Com informações do JC Online

Uma organização criminosa especializada em crimes de roubo foi desarticulada durante uma operação da Secretaria de Defesa Social, através da Polícia Civil de Pernambuco. A quadrilha agia no Recife e cidades da Região Metropolitana, como Jaboatão do Guararapes, Moreno, São Lourenço da Mata e Camaragibe. A Operação Mercenários foi iniciada em março de 2019 e cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar, que resultou na apreensão de diversos itens roubados de empresários.

De acordo com o delegado João Leonardo, titular da Delegacia de Roubos e Furtos, a organização era liderada por Wellington Marcolino da Silva, de 38 anos, conhecido como "Mulambudo" ou "Mula", de dentro do presídio Frei Damião de Bozano, onde está preso. Wellington recebia informações de um olheiro para realizar o planejamento dos roubos e o recrutamento daqueles que irão executar a ação. O líder já é conhecido de várias unidades policiais como assaltante de banco e trabalha com arrombamento de cofres e assaltos a veículos e empresários.

Ao menos três integrantes do grupo foram identificados pela Polícia Civil. São eles: Eduardo dos Santos, vulgo "Zé" ou "Coroa", que era o olheiro, e André Lucas Ferreira Diogo, vulgo "Pirulito", responsável por arrombar os cofres da empresa vítima. Os dois foram presos preventivamente e responderão por roubo majorado e associação criminosa. Outros dois suspeitos estão sendo procurados.

Ações violentas

Ainda segundo o delegado, o grupo fazia ações violentas. Em um roubo recente, na Granja Santa Ana, no município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, os acusados chegaram a amarrar todas as vítimas que estavam na empresa e passaram cerca de 40 minutos no local, sempre com arma em punho e apontada para a cabeça dos reféns. "Eles ficavam analisando as rotinas de empresários, depósitos de malotes em banco e estimavam, de certa forma, a quantidade de dinheiro que era movimentada fisicamente na empresa, aguardando o melhor momento para agir", comenta João Leonardo.

Durante a operação policial, foram encontrados ventiladores, pneus, mochilas, fardamentos de uma empresa, aparelhos eletrônicos, relógios, acessórios e bolsas femininas de festa. Segundo a Polícia Civil, era feita uma divisão entre os integrantes da organização criminosa para a venda dos objetos, que normalmente era feita nas proximidades do Cais de Santa Rita, Centro do Recife, onde os suspeitos se passavam por camelôs.

Também foram apreendidos com os suspeitos um revolver calibre .38 com 21 munições e cinco munições calibre .40. Muitos dos objetos roubados já foram identificados pelos donos, que reconheceram ainda os suspeitos.

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