GORDURA NO FÍGADO: Quais os sintomas de uma pessoa que tem gordura no fígado? Veja os sinais de gordura no fígado
Veja as causas e consequência do acúmulo de gordura no fígado
A esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado, emerge como uma preocupação de saúde pública crescente.
Em uma entrevista exclusiva ao SJCC, o médico hepatologista Fábio Marinho (CRM 11.283 PE), do Real Hospital Português, esclarece as causas, sinais e a importância de cuidados preventivos para essa condição silenciosa, que pode evoluir para complicações graves se não for diagnosticada e tratada a tempo.
As orientações do especialista revelam como um estilo de vida saudável e uma dieta balanceada desempenham um papel crucial na prevenção e controle da gordura no fígado, transformando-se em estratégias vitais para a saúde hepática. Confira!
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1. Causas e fatores de risco da gordura no fígado:
De acordo com o médico, a gordura no fígado, ou esteatose hepática, costuma estar relacionada a um metabolismo alterado, como excesso de peso, diabetes, aumento do colesterol, triglicérides, hipertensão arterial e sedentarismo.
Além disso, o consumo de álcool e alimentos ultraprocessados ou ricos em carboidratos contribuem significativamente para o problema. Ao mesmo tempo, existem causas genéticas, hepatite C crônica, intoxicações por drogas ou agrotóxicos que também podem levar à esteatose hepática.
"Cerca de 25% da população tem algum grau de esteatose hepática. E cerca de 20% dessas pessoas podem evoluir para cirrose hepática. É uma doença que não pode ser negligenciada. É um problema de saúde pública que começa na infância", considera Fábio Marinho.
2. Sintomas e detecção da esteatose hepática:
A doença é frequentemente silenciosa, tornando os check-ups anuais essenciais para detecção. Quando a doença está em fase mais avançada, é possível ter sintomas como:
- dor abdominal na região superior direita
- aumento do abdome
- icterícia
3. Impactos na saúde a longo prazo:
A esteatose hepática associada a problemas metabólicos aumenta o risco de infarto do miocárdio e de acidente vascular cerebral (AVC).
"Se for deixada sem tratar pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. A esteatose hepática já é a primeira indicação para transplante de fígado no Brasil, junto com o consumo de álcool", alerta o médico hepatologista Fábio Marinho.
4. Identificação e tratamento da gordura no fígado:
O tratamento envolve a correção dos fatores metabólicos, como obesidade, colesterol elevado e diabetes.
Certos medicamentos podem auxiliar na regressão da doença, especialmente em estágios iniciais. Em estágios avançados, o transplante de fígado pode ser necessário.
5. Estratégias de prevenção:
"Uma vida saudável com alimentação rica em frutas, vegetais, peixes e pobre em gorduras e carboidratos é a chave", conta o médico.
Ele destaca que praticar exercícios regularmente também é crucial, assim como o uso de medicamentos para controlar condições como colesterol, diabetes, sobrepeso e obesidade.
6. Estilo de vida e sua influência na prevenção da gordura no fígado:
De acordo com Fábio, exercícios aeróbicos e de resistência desempenham um papel vital na prevenção da esteatose hepática. A moderação no consumo de álcool também é essencial, pois o excesso pode contribuir para o problema quando aliado à falta de atividade física.
7. Relação da esteatose hepática com outras condições e doenças:
Doenças genéticas, hepatite C crônica, doença de Wilson, doença celíaca ou erros metabólicos podem levar à gordura no fígado, explica o médico hepatologista. Portanto, uma avaliação completa pelo médico é crucial para determinar a causa específica.
8. Alimentos e dieta para quem possui gordura no fígado:
No quesito alimentação, o médico revelou que a dieta do mediterrâneo mostrou ser benéfica para pacientes com esteatose hepática. Ao mesmo tempo, o especialista ressalta que o consumo de álcool deve ser evitado.
9. Perspectivas sobre a cura e controle da esteatose hepática:
Com uma avaliação médica adequada e a adoção de um estilo de vida saudável, a esteatose hepática pode ser tratada e controlada com sucesso, segundo o médico hepatologista Fábio Marinho, do Real Hospital Português.
“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”