
Com informações do JC Online e da ONG Salve Maracaípe
Após a maior tragédia ambiental que afetou o litoral brasileiro, em especial, o Nordeste, no ano de 2019, os vestígios de óleo voltaram a aparecer em Pernambuco neste domingo (21). Em meio à pandemia do novo coronavírus, a Organização Não Governamental (ONG) Salve Maracaípe denunciou o aparecimento de novos fragmentos de óleo nas praias do Cupe e Muro Alto, no Litoral Sul do estado.
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Após a liberação de praias, calçadões e parques, várias pessoas relataram o surgimento dos novos fragmentos. De acordo com a denuncia realizada por meio do Instagram da ONG Salve Maracaípe, o óleo que reapareceu "provavelmente estava enterrado devido a dinâmica sedimentar e volta a aparecer devido a passagem de grandes ondulações na costa do Nordeste.
A ONG reforçou a importância de investigar em monitoramento constante pois o impacto não acabou só com o recolhimento da grande mancha. Segundo a publicação, "ainda há muito trabalho a ser feito nos próximos anos" para poder entender de fato os reais impactos que o derramamento do óleo vai causar na natureza dos locais afetados.
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Depois do surgimento de novos fragmentos, o deputado federal João Campos (PSB), relator da CPI do Óleo, afirmou que entrará com um requerimento de informações solicitando esclarecimentos com urgência aos órgãos federais responsáveis pelo problema (Ibama e Marinha. "Até o momento, Ibama e Marinha não se pronunciaram sobre o óleo que apareceu em praias de Pernambuco e também em Alagoas. Mas, em princípio, o levantamento das ONGs aponta para o que seria o óleo do vazamento ocorrido ainda no ano passado", alerta o deputado.
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De acordo com Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os primeiros vestígios das manchas de óleo apareceram em Pernambuco no dia 2 de setembro, e em 26 de outubro, segundo a Marinha do Brasil, as praias pernambucanas já não apresentavam vestígios do óleo, apenas "pelotas", que poderiam ser recolhidas quando chegassem às praias.
O estado da Bahia foi o último do Nordeste a ser atingido pela substância. Até o dia 30 de outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), identificou 282 praias afetadas de 97 municípios dos nove estados do Nordeste.