Entre os tecidos, linhas e máquinas de costura, reeducandas da Colônia Penal Feminina do Recife encontraram um caminho para aumentar as chances de conseguir uma vaga no mercado de trabalho após o cumprimento da pena. O projeto "Recosturando o Futuro" traz esperança pra quem está em busca de um recomeço.
Confira
Mudança de vida
Ao todo, nove mulheres participam da iniciativa e produzem lençóis, cortinas, travesseiros e fronhas. Elas trabalham de segunda à sexta-feira e recebem um salário mínimo, alimentação e transporte.
Preconceito
Atualmente, 823 reeducandos trabalham nos convênios do Recife e Região Metropolitana. Segundo o superintendente do Patronato Penitenciário, Josafá Reis, muitos deles ainda lutam contra o preconceito. "Infelizmente, após cumprirem a pena e pagarem a dívida com a sociedade, essas pessoas ainda carregam o estigma de ex-presidiários e não conseguem concorrer de igual para igual com um cidadão comum em uma vaga de trabalho", esclareceu.
Esperança
A reeducanda Roberta, de 31 anos, tem o sonho de seguir a vida com o que aprendeu, após o fim da pena "Meu plano é de quando terminar minha sentença continuar minha jornada de trabalho costurando, comprar uma máquina para mim e seguir no ramo", disse.
O Projeto
O "Recosturando o Futuro" surgiu em 2016, em parceria com a Fundação Travessia e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). Mais de 15 mil peças são produzidas e vendidas para mais de 20 lojas em todo o estado. As empresas conveniadas ao projeto conseguem uma economia de até 40% nos encargos trabalhistas. Para firmar parceria, ligue 3182-7688.