
''Um verdadeiro equívoco e desrespeito à vida e ao povo pernambucano'', afirmou o Sinpro Pernambuco sobre a retomada da aulas nas escolas particulares
As aulas presenciais na educação infantil e ensino fundamental foram liberadas nas escolas particulares - Foto: Reprodução/Por Dentro
O Sindicato dos Professores (Sinpro-PE) se pronunciou, nesta sexta-feira (30), sobre o retorno das aulas presenciais para a educação infantil e ensino fundamental nas escolas particulares, que tiveram as datas reveladas pelo Governo de Pernambuco. De acordo com o Sinpro, a decisão é ''um verdadeiro equívoco e desrespeito à vida e ao povo pernambucano''. Além disso, a nota critica o protesto realizado por representantes de colégios da rede privada de ensino e pais de alunos em frente ao Palácio do Campo das Princesas. Leia a nota na íntegra abaixo.
No dia 22 de outubro, o Colégio Damas suspendeu as aulas presenciais para as turmas do 3º ano do ensino médio por 14 dias após um estudante também ser infectado com o novo coronavírus. Um dos alunos contaminado teria participado recentemente de uma festa com outros colegas da escola.
O outro caso de covid-19 em escola particular foi no Colégio Grande Passo, localizado em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, cancelou as aulas presenciais para uma das turmas do 2º ano. Em contato com a produção da TV Jornal, a diretora do colégio, Solange Mota, reforçou que o aluno apresentou os sintomas no mesmo dia do retorno das aulas presenciais e, por causa disso, ela acredita que o estudante não foi infectado na escola.
Distanciamento social
Prevenção/proteção
Monitoramento e educação
Na última quinta-feira (29), a diretoria do Sinpro Pernambuco recebeu com muita surpresa duas notícias que, de acordo com o bom senso e a razoabilidade, não deixam de ser lamentáveis. A primeira diz respeito a mais uma manifestação de rua, promovida pelas escolas particulares, a fim de pressionarem o governo de Pernambuco, para assim restabelecer suas atividades pedagógicas de forma presencial, em plena pandemia. Não bastando esse absurdo, o sindicato, no mesmo dia, também tomou conhecimento de que, na intenção de atender os interesses dos empresários, o governador Paulo Câmara autorizou o retorno das aulas presenciais nas instituições de ensino privado.
Um verdadeiro equívoco e desrespeito à vida e ao povo pernambucano. Ora, se com o retorno das aulas presenciais para o ensino médio, já percebemos evidências de contágios da Covid-19, mesmo diante de tamanhos protocolos e cuidados, imaginem agora, como ficará no mês de novembro, que as escolas voltarão com todo seu público? Um risco que foi ignorado, em virtude da pressão econômica.
Nesse episódio, infelizmente o governador se portou do lado dos empresários, em detrimento da comunidade escolar, que passará, nos próximos dias, por sérios riscos. O curioso é que, todos os setores envolvidos nesse retorno, calaram-se frente os episódios de contágio ocorridos nas escolas. Os empresários fingiram que não aconteceu, Paulo Câmara, idem. E seguindo a tática do silêncio e da indiferença, permanecerão esses sujeitos, até que ocorra uma fatalidade por conta desse retorno.
Contudo, o Sinpro Pernambuco, reafirmando sua posição de defesa da vida e da integridade da comunidade escolar, após reunião de sua diretoria e diálogo com demais setores, tomará as devidas providências, a fim de garantir o direito e a integridade dos professores e professoras em todo estado de Pernambuco.
Dizemos NÃO a essa sentença de morte decretada ao povo pernambucano pelos empresários, e chancelada pelo governador Paulo Câmara.
SINPRO PERNAMBUCO
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