Entrevista

AUXÍLIO EMERGENCIAL 2021: Médico da Fiocruz defende que benefício pode ajudar a diminuir casos de COVID-19 na população mais pobre

Para o médico infectologista, Júlio Croda, o auxílio emergencial pode ajudar a população a ficar mais em casa

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 05/03/2021 às 11:36 | Atualizado em 03/02/2023 às 7:44
Cortesia/Whatsapp
FOTO: Cortesia/Whatsapp

O médico infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) defende o auxílio emergencial como mecanismo que ajuda na contenção de circulação do novo coronavírus.

Na avaliação de Júlio Croda, sem o benefício, a população mais carente sai mais de casa em busca de conseguir trabalhar para ter dinheiro.

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“A população mais pobre sempre foi mais acometida, porque é a pessoa que vai ter de pegar o transporte público e tem de sair no dia a dia, enquanto a população mais rica consegue fazer o isolamento", disse o especialista.

"Nesse momento, sem o auxílio emergencial, isso fica mais evidente. A pessoa não tem dinheiro em casa, tem de sair".

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"Por isso, é importante que o gestor lute pelo auxílio emergencial para a gente possa fazer essa população mais pobre ficar em casa", disse o médico da Fiocruz nesta sexta-feira (5), em entrevista à Rádio Jornal.

O médico também acrescentou que a população precisa receber máscaras gratuitamente.

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Nova variante da Covid-19

O especialista também falou sobre a nova variante que já circula em várias regiões do país, inclusive em Pernambuco.

“Uma pesquisa da Fiocruz mostrou que 50% das pessoas contaminadas em Pernambuco têm a variante P1. Ela está entre as três variantes de preocupação mundial".

"Ela é mais transmissível e, possivelmente, infecta pessoas que já tiveram a doença”, alertou Julio Croda.

“Esses dois componentes são uma preocupação para toda população e todo gestor. Porque se ela é mais transmissível, rapidamente podemos ter mais casos".

"Se, antes, uma pessoa infectada transmitia para 2 pessoas ou 3 pessoas, agora, transmite para 4 ou 6 pessoas".

"Imagine isso numa escala exponencial, imagine no número de pessoas que precisam de hospital”, disse, reforçando ainda que o número de jovens em busca de atendimento médico cresceu muito nas últimas semanas.

Ouça a entrevista na íntegra: