O médico infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) defende o auxílio emergencial como mecanismo que ajuda na contenção de circulação do novo coronavírus.
Na avaliação de Júlio Croda, sem o benefício, a população mais carente sai mais de casa em busca de conseguir trabalhar para ter dinheiro.
“A população mais pobre sempre foi mais acometida, porque é a pessoa que vai ter de pegar o transporte público e tem de sair no dia a dia, enquanto a população mais rica consegue fazer o isolamento", disse o especialista.
"Nesse momento, sem o auxílio emergencial, isso fica mais evidente. A pessoa não tem dinheiro em casa, tem de sair".
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"Por isso, é importante que o gestor lute pelo auxílio emergencial para a gente possa fazer essa população mais pobre ficar em casa", disse o médico da Fiocruz nesta sexta-feira (5), em entrevista à Rádio Jornal.
O médico também acrescentou que a população precisa receber máscaras gratuitamente.
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Nova variante da Covid-19
O especialista também falou sobre a nova variante que já circula em várias regiões do país, inclusive em Pernambuco.
“Uma pesquisa da Fiocruz mostrou que 50% das pessoas contaminadas em Pernambuco têm a variante P1. Ela está entre as três variantes de preocupação mundial".
"Ela é mais transmissível e, possivelmente, infecta pessoas que já tiveram a doença”, alertou Julio Croda.
“Esses dois componentes são uma preocupação para toda população e todo gestor. Porque se ela é mais transmissível, rapidamente podemos ter mais casos".
"Se, antes, uma pessoa infectada transmitia para 2 pessoas ou 3 pessoas, agora, transmite para 4 ou 6 pessoas".
"Imagine isso numa escala exponencial, imagine no número de pessoas que precisam de hospital”, disse, reforçando ainda que o número de jovens em busca de atendimento médico cresceu muito nas últimas semanas.
Ouça a entrevista na íntegra: