Novo auxílio emergencial

Paulo Guedes não descarta auxílio emergencial de R$ 600, mas defende venda de empresas públicas

O ministro da Economia afirmou que empresas públicas podem ser negociadas para fortalecer, além do auxílio emergencial, outros programas socais

TV Jornal
TV Jornal
Publicado em 25/03/2021 às 16:39 | Atualizado em 11/10/2022 às 10:37
Marcos Corrêa/PR
FOTO: Marcos Corrêa/PR

Com informações da Agência Senado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de uma audiência da Comissão Temporária Covid-19 (CTCOVID19) e não descartou a possibilidade de aumentar o valor do novo auxílio emergencial para R$ 600.

No entanto, para aumentar o valor das parcelas, segundo ele, é necessário a venda de empresas públicas que dão prejuízo.

Em 2021, a nova rodada de pagamentos será dividida em torno de R$ 150 a R$ 375, a partir do mês de abril.

''O Estado está financeiramente quebrado, mas cheio de ativos. Vimos que é possível aumentar o valor, mas tem que ser em bases sustentáveis", explicou o ministro.

>> Auxílio emergencial ainda não foi ''disparado'' porque a PEC precisa ser aprovada, diz Paulo Guedes

"Se aumentar o valor sem, por outro lado, ter as fontes de recursos corretas, traz a superinflação ou a inflação de dois dígitos como era antigamente".

O ministro completou dizendo que: "O resultado final é desemprego em massa e o imposto mais cruel sobre os mais pobres que é a inflação''.

Além do novo auxílio emergencial, a fala de Paulo Guedes também se referiu ao pagamento de outros benefícios sociais, como o Bolsa Família.

De acordo com o ministro da Economia, a negociação de empresas públicas não lucrativas deixaria o governo federal com mais recursos financeiros para os programas sociais, como o Renda Brasil.

''Já que isso pertence ao povo, vamos devolver recursos para população brasileira também'', completou Paulo Guedes.

Governadores pedem auxílio emergencial de R$ 600

Em carta, governadores de 16 Estados, incluindo Pernambuco, pedem que o Congresso Nacional que o novo auxílio emergencial seja com o valor de R$ 600.

A carta foi enviada aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Os governadores pediram ainda que o benefício tenha os mesmos critérios de 2020, quando foi disponibilizado pela primeira vez durante o inicio da pandemia da covid-19.

>> Governador de Pernambuco e de outros 15 Estados pedem que novo auxílio emergencial seja de R$ 600

"Agir contra esse cenário requer medidas sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte", escrevem os governadores.

"Por isso, entendemos que a redução dos valores do auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população", dizem.

E ainda justificam: "Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável".

Novo auxílio emergencial

Assinada por Bolsonaro, a MP permitirá, segundo o governo, que 45,6 milhões de famílias recebam a nova rodada do auxílio emergencial, em 2021.

O benefício só será pago a famílias com renda total de até três salários mínimos por mês, se a renda por pessoa for inferior a meio salário mínimo.

A medida prevê o pagamento por quatro meses, mas deixa em aberto uma possível prorrogação das parcelas, que poderá ser feita por Ato do Executivo. Ou seja, sem que passe pelo crivo do Congresso.

>> Auxílio emergencial 2021: confira datas de pagamento para beneficiários do Bolsa Família

O pagamento será feito aos inscritos do CadÚnico e do Bolsa Família. A previsão é que os pagamentos do auxílio emergencial comecem em 5 de abril para os trabalhadores informais que não recebem o Bolsa Família.

O calendário do novo auxílio emergencial já está pronto e deve ser divulgado em breve pela Caixa Econômica Federal. A informação foi divulgado em primeira mão pelo SBT News.