Imunização

Pode beber depois de tomar a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19?

Muitas pessoas se perguntam se beber interfere na ação das vacinas da covid-19, como a da AstraZeneca, produzida pela Fiocruz

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 15/06/2021 às 13:30 | Atualizado em 04/10/2022 às 13:41
Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil
FOTO: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

A vacina da Fiocruz/Oxford/AstraZeneca tem um percentual de eficácia de 70%, e efeito ainda mais alto quando considerados apenas os casos graves da doença, evitando mortes.

Os índices de êxito são obtidos por meio de estudos clínicos. As vacinas só podem ser aprovadas para aplicação na população em geral, caso a segurança e eficácia pretendidas sejam comprovadas.

Mas será que práticas como o consumo de bebidas alcoólicas influenciam nessa eficácia?

Vacina da AstraZeneca e álcool

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, a SBIm - entidade envolvida nas decisões do Programa Nacional de Imunização (PNI) - nenhuma das vacinas, inclusive as utilizadas contra o COVID-19, contraindicam ou exigem precauções quanto ao uso de bebidas alcóolicas.

Não há problema na resposta imunológica ou aumento do risco de eventos adversos.

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Efeitos do álcool

No entanto, é necessário ressaltar que o consumo excessivo de álcool pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentando assim o risco de infecções por vírus e bactérias, além de trazer muitos outros problemas à saúde e à vida.

Campanhas de vacinação

Também está acontecendo, junto a vacinação da covid-19, a Campanha Nacional de Vacinação contra o vírus da gripe (Influenza).

A estimativa da ação do Ministério da Saúde em todo território nacional é vacinar 79,7 milhões de pessoas.

Pessoas que tomaram a primeira ou a segunda dose do imunizante que previne a covid-19 devem esperar pelo menos 14 dias para tomar a vacina da gripe.

Pronunciamento do Governo

Invalidando comentários maldosos na internet, onde pessoas afirmavam ter tido reações alérgicas após tomar a vacina contra a covid-19, em abril, a SBIm, junto ao Ministério da Saúde, informaram que não existe recomendação voltada a ingestão de álcool e a imunização contra a covid.

Segundo nota, o Ministério da Saúde afirmou que “não há nenhuma evidência sobre a relação do álcool com o comprometimento da formação de anticorpos da vacina contra a covid-19”.

Em entrevista para O Globo, Mônica Levi, diretora da SBIm, afirmou que essa desinformação pode desestimular a população a tomar a vacina contra a covid-19.

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Já a biomédica Erica Siu, que é vice-presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), chamou atenção para o alto consumo de álcool.

"A preocupação que a gente tem não é só com a vacina, é por toda a questão do consumo pesado de álcool em tempos de pandemia. É importante que as pessoas tenham um controle do consumo", disse.